O segundo dia do Rock in Rio foi o primeiro de Rock no festival. Foo Fighters, Weezer, Tenacious D e CPM 22 + Raimundos fizeram a festa da galera no Palco Mundo. O Palco Sunset também não ficou pra trás. Ego Kill Talent, Detonautas + Pavilhão 9, Titãs e Whitesnake fizeram valer o peso de seus nomes e deram vida ao local, num lugar assolado pela chuva.

Vamos ser sinceros: é um saco um festival como Rock in Rio com chuva. Por mais que a produção trabalhe bem o escoamento da água e mantenha uma qualidade nada ponderante do espaço, um festival Open Air como o Rock in Rio não combina com água caindo do céu. A galera fica um pouco menos efusiva e o todo perde um pouco em qualidade e em experiência. Em uma produção com cuidado de  de deixar todos os pontos minimamente apresentáveis, estes realmente fogem das possibilidades. Até os brinquedos, como a Montanha-Russa, Mega Drop e Roda Gigante, tiveram as suas operações interrompidas.

Mas isso não tirou o ânimo de ninguém! Além dos gigantes do palco Sunset e Mundo, este dia do Rock in Rio reservou algumas surpresas nos palcos alternativos. No Supernova, Bullet Bane e Ponto Nulo no Céu fizeram ótimos shows no palco Superova, Charlie Brown Jr. Honrou a memória de Chorão e Champignon para um Rock District lotado, e no Asia, a surpresa Nine Treasures destruiu com seu Folk Metal diretamente da China, sendo todos os membros de uma parte específica do país, a Mongólia Interior. O grupo combina música tradicional mongol com o Heavy Metal e fizeram um ótimo show no simpático palco Street Asia.

No palco Sunset, o Whitesnake roubou a cena. Cantando clássicos como “Love Ain’t no Stranger”, “Is this Love” e “Still of The Night”, o grupo americano reviveu os anos 80 com louvor e mostraram que ainda tem muita lenha pra ser queimada. David Coverdale, no auge de seus 68 anos, mostrou que está em ótima forma, alcançando notas complexas em “Trouble is Your Middle Name” e “Here i Go Again”.

Tenacious D (mesmo com a inestimável presença de Juninho Groovador nos baixo) e CPM 22 + Raimundos fizeram shows com suas qualidades e defeitos, abrindo o salão para os peso-pesados Weezer e Foo Fighters.

Com um set recheado de covers, o Weezer tocou por mais de uma hora e meia toda a sua carreira, de quase vinte e oito anos. Com petardos como “Hash Pipe” e “Island in the Sun”, o show não tinha como dar errado. Apesar de um estranhamento do público, o show foi bem recebido, até pelos já citados covers, como “Lithium” (Nirvana), “Paranoid” (Black Sabbath) e “Happy Together” (The Turtles).

O Foo Fighters já entrou com o jogo ganho. Embora o setlist seja religiosamente igual em todos os shows, inclusive as improvisações, Dave Grohl e cia. Entregaram uma agressiva escolha de músicas que priorizou o old school da banda. Enquanto “We Run” e “Sky is a Neighborhood” contemplavam a fase mais atual, músicas como “Monkey Wrench”, “All My Life” e “Everlong” (a última a ser tocada) esgotaram as energias de um público já castigado pelo mau tempo.