Pauleira pura! A apresentação em formato de power trio relembrou sucessos numa apresentação vibrante no melhor estilo clássico rock’n’roll. No auge dos seus 65 anos, Hughes, que já tocou no Deep Purple e Black Sabbath, entregou o que o público queria: um show elétrico e vibrante. Hughes abusou das facetas vocais, além de estar o tempo todo muito performático, com suas caras e bocas.

Com instrumental impecável, o público presenciou a tomada do Teatro Rival por batidas fortes do baixo de Hughes, como no bis com Black Country (Black Country Communion), além das distorções da guitarra de Soren Andersen que exigiu o pontencial máximo dos cubos Marshall, e é claro, com Pontus Engborg, garantindo a pegada rock e hard rock e ouso dizer com um quê de grunge de Alice in Chains na música “Muscle and Blood”.

Glenn Hughes conseguiu sintetizar os 45 anos de estrada apresentando músicas de sua carreira solo, além de destaques de sua passagem no Trapeze e Black Country Communion, mas ficou devendo alguma coisa do California Breed. Além de “Black Country”, outra música que levantou o público foi “One Last Soul”, ambas do Black Country Communion, o supergrupo que conta com a participação de Joe Bonamassa e Jason Bonham. Alguma música do Deep Purple, é claro, não podia faltar, então veio “You Keep on Moving”.

Nada, ou quase nada de solos de baixo e guitarra, só mesmo momentos de vocais facetados acapela de Hughes, pra provar pra todo mundo que ele ainda manda muito bem e convenceu. Com cerca de 90 minutos distribuídos em 13 músicas, Pontus ainda proporcionou um pequeno solo, é verdade, mas só no bis, que foi encerrado com “Burn” também do Deep Purple.