Na noite de quinta-feira (19) rolou no Rio de Janeiro o show do Julian Casablancas + The Voidz. Além de sua banda, Casablancas trouxe de brinde dois artistas do selo dele, chamada Cult Records. Os escolhidos foram Promiseland e Rey Pila.

O público foi chegando aos poucos ao Sacadura 154, espaço localizado na revitalizada zona portuária carioca. Com a casa ainda vazia, após o set inicial do DJ Rapha Lima, Promiseland, nome artístico do australiano “loucaço” Johann Rashid, fez sua primeira apresentação na cidade. O cara não parou um segundo. Pulava e cantava com a voz punk bem gritada em meio ao seu som Techno eletrônico. Apesar do show breve, não deixou de interagir com a plateia, inclusive descendo do palco e se jogando no meio do povão para fazer piruetas, literalmente.

Na sequência, foi a vez do grupo Rey Pila, outra aposta de Casablancas. Trata-se de uns caras mexicanos que surpreenderam a galera. Diego Solórzano, vocalista, lidera a banda com um som meio pop, meio anos 80, que lembra um pouco o Interpol, tanta que o quarteto já chegou a abrir shows da Interpol pelos Estados Unidos e Canadá.

Diego possui uma voz forte e marcante, e apesar de desconhecida para a maioria presente, cumpriu bem o papel de abrir o show de ‘Juliano’, como gritava o público de forma animada.

Depois da meia noite e meia, com o local já tomado por fãs de The Strokes, Julian Casablancas + The Voidz subiram ao palco. Julian entrou e saiu bem contido, como de costume. De fato, a maioria do público foi lá para ver ‘o cara do Strokes’, o que não significa que não estavam abertos para novos sons. Foi divertido; o The Voidz é um grupo bem alinhado e sabe o que está fazendo, e Julian só complementa isso.

Entre o setlist, apresentaram canções como “Wink”, “Nintendo Blood” e “ Where No Eagles Fly”. Ao longo do show, o público brincou ao pedir “Instant

Crush”, e imediatamente levou um grande “NO” de Casablancas.

A esperança de que pudesse rolar algo dos Strokes, como “Take It Or Leave It” ou “Ize Of The World”, tocadas previamente, tomava conta do público carioca, e apesar de entendermos o lado do músico de querer apresentar coisas inéditas e mostrar a que veio com o trabalho novo, o Rio de Janeiro merecia uma palinha, afinal, Julian Casablancas não passava por aqui havia 12 anos, para o extinto Tim Festival, com os Strokes.

Por fim, a plateia ficou com gostinho de quero mais, já que a banda saiu do palco e não retornou como de costume. Apresentação boa, porém, curta, com aproximadamente 55 minutos de duração, o que frustrou um pouco, levando em conta que a banda de abertura tocou por volta de uma hora.