Depois de vinte e cinco anos de banda, eis que o Mineral, banda importante na precursão do emocore, aterrissa no Brasil. Infelizmente, o hype que se fez com a vinda da banda para o Rio de Janeiro não se confirmou na prática, e o Kubrick (antigo Teatro Odisseia), não estava tão cheio, se comparado ao buzz formado. Este Kubrick inclusive que mantém essencialmente as mesmas propriedades do Teatro Odisseia de outrora, com mudanças pouco perceptíveis.

Infelizmente, a Cine Disco, banda antológica da formação rock n’ roll de muitos “novos adultos”, não pode se apresentar. Original do Rio de Janeiro, o grupo teve alguns contratempos pessoais e sua apresentação não foi possível. Porém, em nada alterou o horário dos shows, com o Mineral entrando às 20h.

Sem introdução ou nenhuma teatralidade, o Mineral adentrou ao palco. A trinca Five, Eight & Ten, Gloria e Slower se encarregou de abrir o show. O Mineral faz o show que se propõe: introspectivo e absorto, quase sem nenhuma comunicação com o público. Porém, isso não é uma desculpa para entregar um show frio e sem emoção. Músicas como Unfinished e SoundsLikeSunday comprovam isso. Ainda teve tempo para as novas Aurora e Your Body is the World, lançadas este ano.

Os clássicos da banda ficaram para o final, no bis. LoveLetterTypeWriter, Palisade e Parking Lot terminaram o show em grande estilo, após quase uma hora e meia de apresentação. Se a banda demorou muito tempo para vir ao Brasil, entregaram um produto incrível, com dezesseis músicas, muita emoção e vibração.