Chega às bancas brasileiras na primeira semana de outubro uma das mais prestigiadas revistas do mundo, a “Rolling Stone”. Criada nos Estados Unidos no auge da onda hippie, a publicação se tornou referência ao fazer longas e contundentes entrevistas com algumas das maiores celebridades do mundo pop, que estamparam a capa em fotos igualmente célebres.

A editora Spring, sediada em São Paulo, já está montando a redação da nova revista, que terá 15 profissionais (entre jornalistas e desenhistas gráficos) fixos e colaboradores em todo o país. O editor-chefe é Ricardo Cruz, que ocupava o mesmo posto na revista da MTV.

A publicação será mensal com tiragem inicial de 100 mil exemplares distribuídos em todo o país. Nos Estados Unidos, a revista é quinzenal, e vende cerca de um milhão e meio de exemplares por mês. A exemplo das edições fora dos Estados Unidos, a “Rolling Stone” brasileira terá metade do conteúdo traduzido de sua matriz americana, e metade produzido pela redação local. Desde 1998, a publicação circula em versões latinas na Argentina, no Chile e no México, além de uma edição que atendia ao mesmo tempo Colômbia, Venezuela e Equador. As negociações com o Brasil, no entanto, começaram no final do ano passado

HISTÓRIA DA REVISTA

Fundada em 1967 por Jann Wenner (editor até hoje) e Ralph J. Gleason, a “Rolling Stone” nasceu no fervor da contracultura hippie dos anos 60. Numa época em que as revistas em circulação desprezavam a cena musical que surgia, a publicação trazia reportagens mais longas e densas, além de entrevistas que ultrapassavam os limites da carreira dos artistas e os mostravam na intimidade, conquistando fãs e inimigos. Logo se tornou conhecida por permitir a livre expressão tanto do artista quanto de seus jornalistas, fazendo história com artigos pungentes sobre sexo, drogas, comportamento e política.