Fergie, surpreendeu o público ao convidar Pabllo Vittar para cantar em seu show. Cantora brasileira interpretou o sucesso “Na sua cara”, parceria com Anitta e Major Lazer para delírio geral. Na sequência, Fergie trouxe mais um brasileiro para o palco, o cantor e compositor Sérgio Mendes, com quem o Black Eyed Peas fez uma versão de “Mas que nada”. Ela também apelou para videoclipes, muitos playbacks, medleys de Black Eyed Peas (mal completava as canções, lembrando a participação de Rihanna no último Rock in Rio), e teve que se virar com problemas no som baixo, no retorno e no microfone.

Elza Soares e Rael se apresentam no Palco Sunset

Encontro entre Rael e Elza Soares é das melhores químicas presenciadas no Sunset. Cantora multiplicou a já forte adesão do público ao rapper. Quando Rael tocou por cerca de meia hora sozinho, parecia que seu encontro com Elza Soares seria, infelizmente, do segundo tipo. Mas tudo virou quando a cantora foi anunciada pelo rapper e entrou no palco num trono (ladeada por modelos fortes e impávidos, como súditos) para cantar “A carne” encontrando novos grooves, provocada pela banda de Rael. O que se viu e ouviu foi a melhor química até agora presenciada no espaço.

Skank no Palco Mundo

Skank segurou o Palco Mundo com firmeza em show com inevitável discurso político. Os mineiros desfilaram sucessos, embalados pelo carisma de Samuel Rosa. “A escalação do Skank para seu terceiro Rock in Rio em quatro edições gerou muitos – e talvez justos – narizes torcidos, pela falta de variedade. Mas poucas bandas, brasileiras ou estrangeiras, seguram um Palco Mundo com a firmeza dos rapazes das Alterosas“, afirma crítica de O Globo.

Blitz e Alice Caymmi no palco Sunset

Mais cedo, durante o show da Blitz, Evandro Mesquista também havia feito um discurso com tons políticos antes de cantar “Aluga-se”, de Raul Seixas. E ainda no primeiro show do dia, no tributo a João Donato, Mariana Aydar modificou a letra de “Emoriô” para incluir um “Fora, Temer”. Trinta e dois anos depois de se apresentar no Rock in Rio original — quando, já no terceiro disco, estava à frente de bandas como Paralamas e Kid Abelha, então iniciantes —, a Blitz mostrou que seus sucessos sobreviveram e seu estilo de rock teatral pode ter lugar entre os jovens de hoje.

© Carolina Moura

Já o popstar adolescente, Shawn Mendes realizou show apenas eficiente. Sem pudores, cantor fez cover de Ed Sherran e Kings of Leon. Com “Holding me back, “Lights on” e “Stitches”, ele seguiu o seu esperado roteiro de rock e folk que move tantos cantores jovens da atualidade. A diferença se mostrou, mais adiante, no mergulho em um tipo de canção soul mais dolorida e profunda que ele fez em “Bad reputation”, “Ruin”, “Don’t be a fool” e “Understand” – uma espécie de bônus para o seu público, que ainda está nos primeiros estágios do aprendizado do pop e do amor.

Maroon 5, no palco Mundo

Maroon 5 voltou mais animado que na véspera, mas com mesmo repertório. Para o crítico de O Globo, Silvio Essinger, o “público foi poupado de “Garota de Ipanema” no bis“. Diante do público de sábado à noite – que queria zoar e que de fato pagou pra ver Maroon 5 – a banda cresceu., segue o crítico. Pouquíssimo alterou o repertório de seu show cuidadosamente estruturado, com picos, vales e um bis que começa acústico.

Se até a camisa do guitarrista James Valentine era a mesma de sempre, listrada, a banda não indicava que ia mexer em time que está ganhando. A diferença mais significativa para o show de sexta é que, no começo acústico do bis, o Rio foi poupado de “Garota de Ipanema” e ouviu “Lost stars”, música solo de Adam Levine para o filme “Mesmo se nada der certo” (2013). “She will be loved” completou a parte voz-e-violão e “Sugar”, com banda (e Adam sem camisa) encerrou a noite, como de praxe. Lady Gaga deve agora pelo menos dois shows no próximo Rock in Rio.