Em 2016, as vendas de discos de vinil nos EUA renderam mais para os cofres da indústria fonográfica do que o dinheiro obtido com publicidade em serviços gratuitos de streaming, como o YouTube e o Spotify. As informações, publicadas pelo site “Pitchfork”, mostram que o consumo de “bolachões” subiu 32%, gerando uma receita de US$ 416 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão).

Os valores são os maiores desde 1998, mas ainda representam uma pequena fatia da receita total da indústria, estimada em US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 25 bi). No entanto, a quantia é maior do que a gerada pelos serviços de streaming grátis, bancados apenas por publicidade, que arrecadou US$ 385 milhões (R$ 1,4 bi) no ano passado, num aumento de 31%. Este número, no entanto, não inclui rádios online, como a Pandora. Os serviços de streaming pagos, como a versão premium do Spotify, além de Apple Music, Tidal, Rhapsody e do Google Play. No total, o valor arrecadado com todo tipo de streaming no ano passado subiu 29%. O total chegou a US$ 2,4 bilhões (R$ 8,8 bi).

Os últimos anos tem mostrado uma tendência mundial à volta do LP como objeto de consumo musical. Esse crescimento tem despontado desde o primeiro semestre de 2013, quando por exemplo, os produtos contaram com um crescimento de 6% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano anterior (2012) e já representam 27% das vendas na categoria “Música”, ficando atrás apenas da venda de CDs. Os discos de vinil foram os únicos que se destacaram e apresentaram crescimento na plataforma, tomando o espaço dos CDs, que caíram em 36% nas vendas.