O Quintas Quentes ferveu e ferveu bonito o Circo Voador. Na sua última noite na cidade, os artistas Izenzee e Academia da Berlinda retornam ao palco mais charmoso da cidade e demonstram que a música brasileira vai muito bem, obrigado. A Redley, inclusive, fez um trabalho muito bem feito iluminando e enfeitando o Circo Voador com a sua marca.
Izenzee, pros íntimos, Vitor Isensee, é o trabalho solo do tecladista do Braza, produto das cinzas do Forfun. Trazendo um som totalmente diferente das suas outras empreitadas musicais, o carioca, neste projeto, mescla reggae, dub, experimentalismo e uma saraivada de letras cantadas com jeito mole e atitude brusca.
“Vida. E Nada Mais”, lançado antes da pandemia, teve seu primeiro show nesta noite no Circo e, apesar do público ainda modesto, fez uma apresentação ardente. Sons como “Coração na Boca”, “Primavera Dormindo” e “A Graça” (que conta com Duda Beat nas gravações) dividiram espaço com excertos de música do Forfun como “Alegria Compartilhada”.
Já com a casa mais cheia, a Academia da Berlinda sobe ao palco da lona para botar a galera para dançar. O grupo, natural de Olinda, já esteve no Rio de Janeiro incontáveis vezes e faz sempre um show animado e dançante. Também, pudera, misturando ritmos como coco, carimbó, maracatu com surf music e guitarras lascivas, não há como não se mexer.
Canções como “Dorival” e “Só de Tu” colocaram a galera pra se movimentar e ir se acomodando, cada um a seu jeito, debaixo da lona e de frente pro ritmo. Quem queria aproveitar outras coisas, podia tentar ganhar os brindes que a Redley oferecia na área coberta da pista ou apreciar artes de graffitti com os amigos. Definitivamente, o Quintas Quentes é um festival pra ninguém botar defeito.
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