Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2024 – A Farmasi Arena foi o cenário de um espetáculo monumental na noite de ontem, com o Sepultura realizando um show de despedida que marcou o fim de uma era no mundo do metal. Conhecida por seu impacto duradouro e influência na cena musical, a banda proporcionou uma performance inesquecível para seus fãs, celebrando mais de três décadas de história e inovação no heavy metal.
Foto: Daniel Pontes
A Performance
O show teve início com a potente “Refuse/Resist”, uma faixa emblemática que estabeleceu o tom para uma noite repleta de energia e paixão. O setlist foi uma viagem através das várias fases da carreira da banda, começando com clássicos como “Territory” e “Propaganda”, que reforçaram o compromisso do Sepultura com temas de resistência e crítica social.O público foi levado a uma montanha-russa de emoções com “Phantom Self” e “Dusted”, seguidos por uma exibição de força bruta em “Attitude” e “Spit”. A banda demonstrou uma incrível capacidade de manter a intensidade ao longo do show, com uma seleção de músicas que incluiu desde “Kairos” e “Means to an End” até “Convicted in Life”.O clímax da apresentação foi marcado por “Guardians of Earth” e “Mind War”, faixas que não só evidenciaram a habilidade técnica da banda, mas também sua capacidade de abordar questões relevantes de forma contundente e musicalmente complexa.
Momentos Inesquecíveis
Um dos pontos altos da noite foi a performance especial de “Orgasmatron”, um cover do Motörhead que estreou em turnê. Esta versão encurtada trouxe uma nova perspectiva à canção clássica, ressoando profundamente com o público.
O show também destacou as faixas “Troops of Doom” e “Inner Self”, que fizeram o público ir literalmente às alturas e solidificaram o legado da banda como um dos pilares do metal. A apresentação culminou em um impressionante encore, iniciando com “Ratamahatta”, que contou com a participação de Fred (ex-Raimundos), e seguindo para a poderosa “Roots Bloody Roots”, duas das músicas mais representativas da discografia do Sepultura.
A despedida do Sepultura na Farmasi Arena foi uma verdadeira celebração, mostrando a incrível habilidade da banda de conectar-se com seus fãs de uma forma profunda e emocionante. Ao finalizar essa rica jornada musical, o Sepultura não só se despediu, mas também deixou um legado marcado pela inovação e pela paixão que certamente ecoará no universo do heavy metal por muitos anos. A energia da apresentação e a emoção dos fãs foram prova de que, mesmo após o fim, a música da banda continuará a viver nos corações e nas estradas dos apaixonados pelo metal.
Foto: Daniel Pontes
O Legado do Sepultura
Desde sua fundação em 1984 em Belo Horizonte, o Sepultura não apenas inovou, mas também moldou o cenário do metal com sua fusão única de thrash e death metal, enriquecida com influências da música brasileira. Álbuns como Beneath the Remains e Roots não só definiram a banda, mas também influenciaram uma geração de músicos e fãs ao redor do mundo.Com sua capacidade de evoluir musicalmente e permanecer relevante ao longo dos anos, o Sepultura deixou uma marca indelével na história do metal. Este show de despedida não foi apenas uma celebração do passado, mas também um tributo ao impacto duradouro que a banda teve na música e na cultura.
Texto por Jeferson Costa
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