O Palco Sunset do Rock in Rio, já tem a fama de promover encontros inéditos e inesquecíveis. Na última sexta-feira (17) a produção do festival confirmou mais algumas atrações para a edição 2017 do festival. No dia 16 de setembro, o cantor e compositor Miguel, que vem ao Brasil pela primeira vez, vai apresentar ao público seu som carregado de soul e o que há de mais moderno em termos de Rhythm & Blues (R&B). A atração, que fechará a primeira noite do Palco Sunset, convidará o rapper Emicida para uma participação no show. Ainda no dia 16, uma força da Soul Music virá para o evento: o cantor americano Charles Bradley. O convidado do artista para o encontro no Sunset será divulgado em breve. Já no dia 17, quem fecha a noite do Palco Sunset será o pianista inglês Benjamin Clementine, no Brasil pela primeira vez.
A participação de Miguel no Rock in Rio será o lançamento do artista no Brasil, que possui uma carreira consagrada nos Estados Unidos. Dono de três hits #1 na Billboard americana nos últimos sete anos, Miguel chega aclamado pela crítica, pelo público e com diversos prêmios e indicações em tão pouco tempo de carreira. Ele lançou seu primeiro disco solo, “All I Want Is You”, em 2010. A faixa-título chamou a atenção do público e logo transformou-se em hit. Mas foi seu segundo álbum, “Kaleidoscope Dream”, de 2013, que consolidou o sucesso de público e ganhou respeito da crítica especializada. Dele, vieram mais canções de sucesso, como “Adorn”, “How Many Drinks”, “Do You…”, e “The Thrill”.
Em 2013, Miguel foi nomeado para um total de cinco Grammy Awards e levou o de Melhor Canção de R&B, por “Adore”, que chegou a ficar 23 semanas em 1º lugar nas paradas de Hip-Hop/R&B da Billboard. O mais recente trabalho, “Wildheart”, lançado em 2015, está repetindo o sucesso dos discos anteriores, tendo recebido mais duas indicações para o Grammy 2017, de Melhor Álbum Urbano Contemporâneo e Melhor Canção de R&B, para “Coffee”.
Já Emicida, convidado especial nesta apresentação, faz parte da história do rap nacional. Foi através dele que o gênero musical passou a dialogar com outros ritmos da música brasileira, seja no samba de breque ou nos repentes nordestinos interpretados com um estilo muito particular tanto em suas músicas quanto nos shows do artista. Esta não é a primeira vez do rapper no Rock in Rio. Na edição de 2011 ele se apresentou no Palco Sunset em um encontro com Cidade Negra e o sambista Martinho da Vila.
“Miguel e Emicida fazem música com cara de agora e é isso o que vamos mostrar neste encontro que o RIR está trazendo pela primeira vez ao Brasil. Inventividade, talento e paixão pela música negra de hoje e sempre é o que Miguel e Emicida vão mostrar de sobra no palco Sunset“, promete o diretor artístico Zé Ricardo.
Apresentação de Charles Bradley terá um inventário da música negra dos últimos 50 anos
O veterano Bradley, de 69 anos, representa a tradição da soul music e R&B sessentista e fará um show que está sendo desenhado especialmente para o festival.
Bradley já foi parceiro do guitarrista Thomas Brenneck e, juntos, formaram a Menahan Street Band. Um câncer de estômago, descoberto no final de 2016, levou Bradley a cancelar alguns shows para se recuperar, mas o cantor já abriu a agenda de 2017 com uma apresentação em Los Angeles e está bastante animado com a participação no festival brasileiro.
O Palco Sunset traz, pela primeira vez ao Brasil, o pianista inglês Benjamin Clementine, que vai fechar a noite do dia 17 de setembro no Rock in Rio. Seu convidado será anunciado em breve. Seu único disco, “At Least For Now”, lançado em 2015, foi muito bem recebido pela crítica. Compositor e poeta, Benjamin Clementine é uma das maiores promessas da música popular recente. Com um estilo denominado jazz soul, o músico chegou a ser comparado com a cantora americana Nina Simone.
Benjamin Clementine começou, aos 20 anos, a fazer pequenas apresentações em bares parisienses e logo chamou a atenção por suas performances vigorosas. Nelas, além de cantar e tocar, Benjamin declamava versos alternando com canções próprias e versões de standards do jazz e sucessos do rock.
O pianista voltou para Londres em 2012 e foi descoberto no ano seguinte, tornando-se conhecido através de uma apresentação no prestigiado programa do apresentador Jools Holland. De 2013 para cá, Benjamin Clementine já lançou dois EPs e um disco e se consagrou como um artista diferenciado, sintonizado com o que há de mais interessante e atual na música internacional. Em 2015, o artista foi o ganhador do Mercury Prize.
Nascido na Califórnia em 1986, Miguel Jontel Pimentel iniciou sua carreira fazendo parte de pequenos grupos locais e equipes de produtores, logo aos 16 anos de idade. Depois de muito trabalho e colaborações, ele assinaria contrato como artista solo em 2007.
A partir da repercussão do trabalho, vários convites para colaborações e produções surgiram. Artistas como Mariah Carey, J. Cole, Big Sean, Jessie Ware, Santana, Ludacris, A$AP Rocky, Alicia Keys, entre outros, passaram a ter composições assinadas ou produzidas por Miguel. Mesmo mantendo o lado produtor/colaborador sempre ativo, Miguel passou a ser conhecido por seu sucesso como cantor.
Prestes a diversificar sua área de atuação, Miguel faz parte do elenco do longa “Live By Night”, de Ben Affleck.
Leandro Roque de Oliveira é Emicida. Rapper, jornalista e produtor musical, o artista começou sua carreira em batalhas de improviso, onde ganhou o apelido, que significa a fusão das palavras “MC” e “homicida” por ser, segundo seus amigos “um assassino que matava os adversários através de suas rimas”. Mais tarde, o próprio rapper criou uma sigla para seu nome: E.M.I.C.I.D.A – Enquanto Minha Imaginação Compuser Insanidades Domino a Arte.
Em 2005, Emicida lançou seu primeiro single “Triunfo”, acompanhado de um videoclipe que tem mais de 8 milhões de visualizações no YouTube. Em 2011, ele concorreu a três categorias do Video Music Brasil e venceu como “Melhor Clipe” e “Artista do Ano”, sendo escolhido por críticos musicais, cineastas e VJ’s.
Nascido na Flórida em 1948, Charles Bradley chegou a gravar canções nos anos 1960, inspirado em James Brown, mas não conseguiu levar sua carreira adiante. Trabalhou em vários lugares dos Estados Unidos como cozinheiro, deixando de lado a sua vocação principal. De vez em quando, se apresentava em pequenos espaços, mas como um hobby.
Tudo mudaria nos anos 1990, quando Bradley foi morar com a mãe em Nova York e passou a se apresentar como sósia de James Brown num clube, para aumentar sua renda. Foi descoberto por um executivo da gravadora Daptone, especializada em artistas influenciados pela Soul Music dos anos 60 e 70. Devidamente contratado, Bradley começou a gravar e compor, lançando alguns singles. Finalmente, em 2011, sairia seu primeiro álbum, “No Time For Dreaming”. “Victim Of Love” (2013) e “Changes” (2016), completam sua discografia.
Nascido na Inglaterra em 1988, Benjamin Clementine logo aprendeu a tocar piano. Passou algum tempo na França, enfrentando dificuldades, inclusive dormindo nas ruas de Paris e viu sua facilidade com a música transformar-se numa fonte de renda em tempos difíceis.
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