Quem passou pela região do Aterro do Flamengo na noite de quarta, primeiro de novembro, se deparou com uma elogiosa massa de fãs do Megadeth.
Com apresentação em São Paulo no dia anterior, a banda norte-americana, que conta com o brasileiríssimo Kiko Loureiro, chegou ao Vivo Rio em véspera de feriado.
Duas horas e meia antes do início previsto, as filas gigantescas já sinalizavam que a casa ficaria lotada para ver Mustaine e companhia. Um feito impressionante, visto que desde a primeira vinda em 1991, a banda já retornou mais 14 vezes ao Brasil. Ainda assim, a última passagem pelo Rio foi há 4 anos, como abertura para o Black Sabbath, e o público mostrou ter sentido falta.
Quem chegou mais cedo pode conferir a apresentação da Vimic, banda do ex baterista do Slipknot, Joey Jordison, cujo álbum de estreia está previsto para o ano que vem. Ainda que sem muita expressão no cenário musical ou canções conhecidas, mantiveram a plateia entretida enquanto não chegava a hora do Megadeth, ainda que o som não estivesse no seu melhor, algo que também aconteceu com a banda principal.
Pontualmente às 22h30m, apagaram-se as luzes e a clássica Hangar 18 abriu o setlist, seguida de The Threat Is Real, do mais recente álbum Dystopia. A alternância entre o antigo e o novo deu gás ao início do show, marcado pelo encontro de gerações na plateia. Mustaine seguiu bastante reservado, longe da persona inquieta e até mesmo temperamental descrita em diversas situações no passado. Ainda assim, sua forte presença no palco, com os marcantes cabelos ruivos só se intensificou com a chegada de Loureiro na banda.
O carioca membro do Angra, passou a integrar o Megadeth após a saída de Chris Broderick em 2015. Parte do álbum mais recente, Dystopia, Kiko mostrou sua sinergia com o restante da banda, sobretudo Mustaine, com quem dividiu praticamente toda a atenção da performance, não apenas por trazer consigo seus conterrâneos fãs, mas também por ser um dos guitarristas mais talentosos da atualidade.
Os destaques da noite ficaram por conta de A Tout Le Monde, Symphony of Destruction e Peace Sells, num repertório enxuto, mas que em nada deixou a desejar. Para os fãs foi uma noite marcante, elogiada nos empolgados relatos pós show.
A vinda do Megadeth marca um ano de sorte para os fãs do trash metal, visto que até o final de 2017 todas as bandas do Big Four, que também inclui Metallica, Slayer e Anthrax, terão passado por terras tupiniquins.
MEGADETH, Rio de Janeiro
Vivo Rio, 01 de novembro de 2017
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