O último dia dessa edição do Rock in Rio trouxe uma escalação no Palco Mundo totalmente feminina e voltada para o pop dançante com Katy Perry, Jessie J, Ivete Sangalo e Hailee Steinfeld. Foi a única noite em que não houve uma atração portuguesa nesse espaço.
Com exceção da novata Hailee, todas as outras três artistas já participaram como juradas de reality shows de música, o que já diz muito sobre o que seria essa noite.
E esse foi um dia de levantar bandeiras. Primeiro pelo público – formado por jovens e muitas famílias com crianças – que chegou na Cidade do Rock carregado de bandeiras de Portugal, camisas e cachecóis para torcer pela seleção masculina de futebol, que fez o jogo das Oitavas de Final da Copa do Mundo contra o Uruguai. E as bandeiras apareceram também em vários outros momentos.
Mesmo com a alteração de horário por conta do jogo de Portugal na Copa do Mundo, Hailee Steinfeld – responsável por abrir esse dia – conseguiu reunir uma boa plateia ainda cedo, que vibrou e cantou muito.
Com um show bem pop, envolvendo dançarinos, projeções e muitas coreografias, a jovem cantora e atriz teve boa acolhida do público presente, principalmente nas canções “Love Myself”, “Let Me Go”, “Capital Letters” (tema do filme 50 Tons de Liberdade), uma versão acústica de “Flashlight” (de Jessie J) e “Most Girls”, durante a qual uma fã levantou o cartaz “Most Girls don’t play at Rock in Rio”.
Logo após uma pausa para a entrega do Prêmio Rock in Rio de Sustentabilidade, entrou em cena Ivete Sangalo para fazer aquela festa de sempre. Nessa hora começaram a aparecer na frente do palco diversos fãs com bandeiras do Brasil.
Carimbando mais uma edição portuguesa na sua conta, Ivete reuniu uma multidão cedo na Cidade do Rock se apresentou para um dos maiores públicos do dia. Muito à vontade no palco, entre uma história e outra sobre sua família e filhos, ela cantou uma sequência de hits (como “Festa”, “Sorte Grande”, “Abalou”, “Levada Louca” e “Beleza Rara”), apresentou a música nova (“No Groove”), ensinou coreografia e até anunciou a gravação de um DVD ao vivo em São Paulo, em novembro.
Após falar sobre suas influências e a importância de um artista ter em quem se inspirar, Ivete convidou para uma participação especial a cantora Daniela Mercury, que entrou toda de vermelho para cantar “O Canto da Cidade” numa performance que empolgou o público. Nesse momento a plateia levantou algumas bandeiras do movimento LGBT.
Já no final do show Ivete falou sobre a atual situação brasileira, a necessidade de virar a mesa e se enrolou numa bandeira do país.
Então, a música no festival entrou em pausa para que todos pudessem acompanhar ao jogo da seleção masculina de futebol de Portugal na Copa do Mundo. Para isso, todos os telões da Cidade do Rock passaram a transmitir o embate com o time do Uruguai. A festa Revenge of the 90s teve a missão de animar o intervalo do jogo com canções dessa época, como “Everybody” dos Backstreet Boys e “I Like to Move It”, popularizada pelo filme Madagascar.
Encarregada de animar o público após a eliminação do time de Portugal, Jessie J já entrou no palco enrolada numa bandeira portuguesa cantando “Do It Like a Dude”. Com um show bem didático, a cantora britânica explicou o contexto de cada música e os sentimentos envolvidos na sua composição. Com simpatia e carisma, Jessie tinha uma interação divertida com os músicos, plateia e até com quem passava pela tirolesa na frente do palco.
Com um cenário mais simples, apenas com um grande coração vermelho e alguns refletores, Jessie J apresentou um show com seus principais hits (“Bang Bang”, “Price Tag”, “Flashlight” e “Who You Are”, em meio a discursos motivacionais que funcionaram para ajudar o público a esquecer a derrota para o Uruguai.
Para encerrar essa edição do festival, Katy Perry trouxe todo o seu arsenal colorido para a Cidade do Rock e já começou contando que seu avô era dos Açores, então que também tinha sangue português. Com um show no formato de superprodução, a cantora transformou o Palco Mundo em um verdadeiro teatro e fez a apresentação completa da turnê do seu álbum “Witness”.
Dividida em 4 atos (”In The Space”, “My Age”, ”Celestial Body”? e “Vídeo Game”?) e quase duas dezenas de músicas, a apresentação teve projeções em 3d, dançarinos, dados gigantes, tubarão, flamingos, diversos personagens, muitas trocas de roupa e vários hits: “Dark Horse”, “Swish Swish”, “Last Friday Night (T.G.I.F.)”, “Chained to the Rhythm” e “California Gurls”. Antes de cantar o clássico “I Kissed A Girl” a cantora disse que queria celebrar o orgulho e se enrolou numa bandeira LGBT entregue por um fã. O encerramento ficou por conta da sequência “Roar”, “Pendulum” e “Firework”.
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