Primeira de duas apresentações no país, Niall não se apresentou para o maior de seus públicos mas proporcionou uma experiência bem intimista, sem muita movimentação em palco, mantendo sempre a ligação com os fãs como ponto forte durante toda sua hora e meia de apresentação.
Reconhecida por muitos devido ao seu sucesso com The Middle – canção feita em colaboração com Zedd e a dupla Grey – Maren Morris foi a responsável pela abertura do show de Horan. Pontualmente iniciado às 19h40, seu show de abertura durou exatos 40 minutos e contou com alguns sucessos da carreira de Morris, além de composições da mesma e um cover sensacional de Halo, sucesso de Beyoncé. Dona de uma voz potente e impactante, Morris voltou ao palco para dividir os vocais com Niall em Seeing Blind.
Com uma pequena banda, Niall só desgrudou da guitarra/violão/teclado em um único momento: ao final do show. A apresentação vem acompanhada de muitos efeitos visuais e a luz realmente impera na Flicker World Tour, entregando diversas facetas em um único espetáculo: da penumbra, que nos remete ao conceito mais intimista às dezenas de leds piscantes, trazendo uma vibe mais eletrônica, bem no estilo dos shows da extinta One Direction, boyband no qual Niall fez parte em consequência a sua participação no reality musical The X Factor.
Com uma setlist talvez curta para alguns, o show teve de tudo um pouco: de seus maiores sucessos, todos na boca do povo que, fervorosos, entoavam cada estrofe em um inglês quase que perfeito (o que deu de dez a zero no português fail de Niall, infelizmente) e vibravam com cada momento de interação do cantor à sucessos da One Direction, dueto com Maren Morris, uma homenagem ao seu ídolo Bruce Springsteen com um cover de Dancing in the Dark, além de um cover de Crying in the Club, de Camila Cabello.
Durante o show houveram alguns momentos de interação, muita reciprocidade na relação artista/fã, algumas arriscadas de palavras em português e também alguma falta de entendimento entre as partes, por incrível que pareça. Se a grande maioria sabia cantar, quase que em um perfeito inglês, as músicas.. uma minoria parecia não entender muito bem quando Niall, em determinado momento, pedia para que guardassem os celulares, curtissem a música e não acompanhassem com ele para que não quebrasse a sincronia da mesma. Enquanto uma parcela do público gritava, a outra pedia silêncio. Em contrapartida, enquanto a plateia o enaltecia, daquele jeitinho bem brasileiro, ele não conseguiu entender muito bem.
Esse é definitivamente o momento mais precioso da carreira de Niall, que deixa de lado toda sua imagem construída através dos anos ao lado da boyband e nos entrega o que tem de melhor: sua voz e seu genuíno talento. Flicker é seu primeiro álbum como solista, lançado no ano passado pela Capitol Records, e traz grandes músicas, muitas de composição de Niall. Sua evolução, principalmente no que diz respeito a maturidade em palco é gigantesca! Com uma estrutura de show, voz e efeitos, tudo altamente sincronizado e estruturado, trás um destaque ímpar a quem realmente precisa brilhar ali: sua voz.
Nial Horan, KM Hall de Vantagens
08 de julho de 2018, Rio de Janeiro
1. On the Loose
2. The Tide
3. This Town
4. Paper Houses
5. You and Me
6. Dancing in the Dark (Bruce Springsteen cover)
7. Seeing Blind (feat. Maren Morris)
8. Flicker
9. Fool’s Gold (One Direction)
10. Too Much To Ask
11. So Long
12. Since We’re Alone
13. Fire Away
14. Crying in the Club (Camila Cabello cover)
15. On My Own
16. Drag Me Down (One Direction)
17. Slow Hands
18. Mirrors
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