Se no ano passado o clima em Glastonbury era pesado graças ao referendo do Brexit e à lama, a atmosfera deste ano foi bem diferente. Não só os deuses permitiram que não houvesse quase nenhuma chuva, como a aparição triunfante de Jeremy Corbyn animou o público.
Cantos de ‘Oh, Jeremy Corbyn’ ecoaram inúmeras vezes ao redor do acampamento e antes que as bandas tocam no palco. Mas Glastonbury não é sobre políticos, claro. E a música esse ano não decepcionou.
Na sexta-feira, Glastonbury começou quente com os Pretenders e logo depois os iniciantes Blossoms e The Lemon Twigs conquistaram muitos fãs com ótima presença de palco e grandes canções. O Royal Blood levou ao palco canções de seu novo álbum, o segundo a alcançar o topo das paradas no Reino Unido, mas o destaque do dia ficou com o Radiohead. A banda britânica passou por todas as fases de sua carreira, apresentando pelo menos uma música de cada álbum — sendo sete do “OK computer”.
No sábado, a banda cover The Bootleg Beatles tocou a íntegra do álbum “Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band”, com uma orquestra. Pouco depois, Corbyn subiu ao palco com um discurso de críticas ao presidente americano Donald Trump e pedidos pela paz mundial.
Liam Gallagher apresentou as novas canções de sua carreira solo, sem deixar de lado os hits do Oasis. “Don’t look back in anger”, música que ganhou um significado ainda maior após o atentado terrorista no show de Ariana Grande em Manchester, foi cantada em versão acústica. Ao mesmo tempo, Katy Perry fazia sua festa pop no palco Pirâmide. O momento mais emocionante da noite veio com o Foo Fighters, quando todo o públiuco de Glastonbury fez um longo coro para “Best of you”.
No domingo o público precisou decidir entre a disco music de Barry Gibb e do Chic e o show surpresa do Killers. A banda de Las Vegas apresentou um setlist curto, com os maiores sucessos de sua carreira no palco John Peel.
Ed Sheeran fechou a noite dividindo o público do festival. O próprio cantor já havia admitido se sentir um peixe fora d’água em Glastonbury. Se muitos acompanharam os hits de Sheeran, teve gente classificando o show como “a pior escolha de todos os tempos”.
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