Vinte sete anos de carreira e um título muito importante de um dos criadores do Melodic Death Metal, junto com outros monstros como Dark Tranquillity e At The Gates. O estilo hoje é tão importante que agrega nomes gigantes da cena do Metal como Arch Enemy, Amon Amarth e Children Of Bodom. Pela primeira vez na história, o In Flames pisou no Rio de Janeiro. Muita estrada depois, a banda veio ao estado promover seu último álbum, chamado Battles (2016), mas a expectativa era que eles abordassem todas as fases de sua vasta discografia. A abertura, como já está ficando de praxe aqui no Rio de Janeiro, ficou a cargo da competente Reckoning Hour.
Com uma luz de palco funcionando de forma incrível e uma presença gigantesca de todos os componentes, o histórico grupo sueco começa com uma trinca bem moderna: Drained e Before I Fall (Battles, 2016) e a Everything’s Gone (Siren Charms, 2014). Porém, logo após executam a incrível Take This Life (Come Clarity, 2006) e o Circo Voador vem abaixo, seja pela importância da música ou da sua levada insana, os fãs fazem a festa. Apesar de toda a expectativa, é claro que a grande maioria do setlist foi composta de músicas novas como a ótima The Truth (Battles, 2016) e pesada Deliver Me (Sounds Of A Playground Fading, 2011).
Mas em músicas antigas que o público abria suas grandes rodas e fazia valer todos esses anos de história. Músicas como Dead Alone e The Quiet Place (Soundtrack to Your Escape, 2004), Drifter e Trigger (Reroute To Remain, 2002) e a grande surpresa da noite: Moonshield e The Jester’s Dance (The Jester Race, 1996) levaram o público à loucura. Com Anders Fridén ainda mostrando um belo domínio da sua amplitude vocal, a banda consegui passear bem pela sua carreira e mostrar como foi fundada uma das maiores instituições do metal mundial.
A última música foi ironicamente, The End (Battles, 2016) e encerrou a apresentação após uma hora e quarenta de show aproximadamente. Em sua primeira passagem pelo Rio de Janeiro, o In Flames conseguiu com louvor mostrar como o som da banda evoluiu em vinte e sete anos de carreira e nos brindou com uma aula de como não se esquecer de suas raízes e de quem você é. Para bandas como essas, que presenteiam os fãs com a união do velho e do novo em uma única apresentação, todo esse tempo de carreira parece pouco. Ficamos no aguardo das próximas!
In Flames
Rio de Janeiro, Circo Voador
20 de outubro de 2017
Fotos: Lucas Zandomingo
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