Um abraço na música brasileira. Assim foi o show “Eu vou pro samba”, realizado em 02 de novembro, no Teatro da Caixa Nelson Rodrigues, com João Bosco no violão e voz e Hamilton de Holanda no bandolim. Mundialmente reconhecidos por sua virtuosidade e inventividade, os músicos deram cara nova a composições já conhecidas e surpreenderam o público.
O show se iniciou com “Sinhá”, parceria de João com Chico Buarque, gravada originalmente em 2011 por Chico Buarque no álbum “Chico”. Logo em seguida, algumas canções de Dorival Caymmi, que contaram com grande participação do público, cantando junto e batendo palmas. “ Milagre” e “Vatapá” trouxeram o ar da Bahia ao palco. O bandolim de Hamilton de Holanda deu às canções a cadência de um samba sofisticado.
Em seguida, uma nova “Aquarela do Brasil”, clássico de Ary Barroso, foi apresentada com maestria. Sambas e bossas como “Tudo se transformou”, de Paulinho da Viola, “Chega de saudade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e “Ronco da Cuíca” e “Corsário”, ambas da parceria vitoriosa de João e Aldir Blanc também foram trazidos para a apresentação.
João Bosco lembrou que dia 31 de outubro seria aniversário de Raphael Rabello, grande instrumentista e compositor já falecido. Raphael nos deixou precocemente aos 33 anos e, mesmo tão jovem, chegou a tocar com Tom Jobim, Ney Matogrosso e com o próprio João Bosco.
Se aproximando do fim do show, João Bosco chamava o público para cantar “ O bêbado e o equilibrista “, em uma versão que citou “Smile”, composição de Charles Chaplin. O bandolim de Hamilton deu o toque melancólico que a canção traz.
Para fechar a noite, os músicos apresentaram o clássico “Papel Machê”, de João Bosco, com o público acompanhando, revivendo a nostalgia que a canção evoca.
Uma grande noite da música brasileira, com o samba como astro principal, dois fantásticos instrumentistas e composições consagradas. Sem dúvida, sucesso com gosto de quero mais.
João Bosco e Hamilton de Holanda
Teatro da Caixa Nelson Rodrigues
Rio de Janeiro, 02 de novembro de 2018.
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