Chegou a vez do Rio de Janeiro. O festival MITA – Music is the Answer aporta no Rio de Janeiro em um palco estonteante: O Jockey Club recebe, na Gávea, uma gama de artistas de peso, tanto nacionais quanto internacionais. A hesitação inicial quanto ao estado do festival devido as chuvas e ao frio do Rio de Janeiro sumiram logo no início, já que a produção deu um jeito de cobrir as partes críticas de lama de forma muito efetiva e confortável.

Ana Paes
Com um público tímido, BC abre o festival no palco Deezer, com a participação também tímida da ótima artista baiana Larissa Luz. No palco Corcovado, Xênia França abre os trabalhos com seu R&B abrasileirado e cheio de ginga. Na última música, chamada “Pra que me Chamas?”, pediu o voto certo do público, que já começava a ocupar de forma mais consistente o festival.
O festival, dividido em dois palcos, não tinham shows simultâneos. É ótimo poder ver as apresentações na íntegra de todos os artistas no evento e ainda andar pela área do MITA, que tem a extensão do tamanho certo e é linda (sério, é incrível ver shows com o Cristo Redentor ao fundo!)

Ana Paes
Black Alien começa a segunda apresentação no palco Deezer, Seu show, carregado de músicas dos álbuns “Babylon By Gus – Vol. I: O Ano Do Macaco” e “Abaixo de Zero: Hello Hell”, Gustavo de Nikiti conta seus dramas diários, sua luta com o vício em drogas e outras crônicas cotidianas com a sua lírica afiadíssima em músicas como “Babylon by Gus”, “Aniversário de Sobriedade” e “Que nem o Meu Cachorro”. O show contava com um tradutor em libras, assim como o evento, em sua área PCD, também tinha essa opção.
Liniker (emocionadíssima no palco) e Heavy Baile agitaram a tarde com ótimos shows até o começo das atrações internacionais. A primeira a subir no palco foi a Two Door Cinema Club, que apoiada em nostalgia, agitou a noite fria dos presentes. O vocalista David Clements substituiu o vocalista original Alex Trimble, que não pode vir ao Brasil por motivos de saúde. Tocando nada menos que nove músicas do seu debut, o TDCB agitou o público na ótima “What You Know”.

Ana Paes
Com um início não usual – na voz e violão – o The Kooks sobe ao palco e faz um show com vinte músicas. Sem tempo para respirar, metralha clássicos como “Seaside” e “Naive” e faz um show correto.
Hora do Gorillaz. Damon Albarn e sua trupe sobem ao palco junto com as características animações da banda para um show bombástico e experimental ao extremo, respeitando o som da banda. Músicas como “Stylo”, “Andromeda” e “Saturnz Barz” desafiaram a atenção de um público que por muitas vezes parecida desinteressado ou alheio ao palco. Os clássicos não podiam faltar. “Feel Good Inc.”, “Tomorrow Comes Today” e “Clint Eastwood” com sua versão metade a original e metade a versão dub com o Space Monkeyz agitaram o Jockey. A banda se despede com “Demon Days” em sua primeira passagem pelo Rio de Janeiro.

Ana Paes
No retorno das atividades externas, os festivais parecem fincar um atestado de ocupação e de retorno a vida. O MITA, bem como seu nome já diz, reforça o que a gente aqui na Zimel acredita: música é a resposta!
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