E 2016 vai embora e nós ficamos aqui com saudade de todos os momentos vividos em cada cobertura realizada por nossa equipe. Confira os melhores momentos de nossa cobertura em 2016:
1. COLDPLAY
No dia 10 de abril, os rapazes do Coldplay abraçaram o Pop e entregaram um espetáculo sensorial no Maracanã. Foram da bela melancolia introspectiva dos primeiros álbuns para canções que pesam a mão na vibe super positiva sobre a vida. Dos arranjos em que os teclados dividiam as atenções com momentos acústicos à incorporação das batidas eletrônicas dance. Ao revisitar a carreira da banda, concluímos que o Coldplay mudou da água para o vinho, ou do preto e branco para a paleta vibrante de cores, são praticamente bandas distintas. Mas um ponto é certo: ao longo da trajetória, os caras aprenderam a montar um senhor espetáculo para as massas.
2. FLORENCE AND THE MACHINE (LOLLAPALOOZA)
A banda foi headline do Lollapalooza e correspondeu a altura. Responsável por encerrar o palco principal na quinta edição nacional do festival, liderados pela encantadora vocalista Florence Welch, os fãs mostraram que novidades como “What the water gave me”, “Ship to wreck” e a faixa-título encaixam-se perfeitamente no setlist repleto de hits, como “Shake it out”, “Rabbit heart”, “Spectrum” e, claro, “Dog days are over”. O semblante de cansaço da vocalista e o som baixo, perceptíveis no início da apresentação, foram rapidamente superados pelo clima de comunhão entre banda (completa, com coral e tudo) e público. (L.O., Globo)
3. Black Sabbath
Black Sabbath trouxe ao ao Rio sua turnê de despedida, em dezembro e o repertório recheado de clássicos do disco ‘Paranoid’, de 1970. O fim dos tempos, anunciado de forma soturna pelo Black Sabbath há quase 50 anos, chegou, e os cavaleiros do Apocalipse passaram pela Praça de Apoteose, no Rio, no dia 2 de dezembro. Foi a turnê “The end”, que marca o fim das atividades de Geezer Butler, baixista e letrista do grupo fundado em 1968, ao lado do cantor Ozzy Osbourne e do guitarrista Tony Iommi sob o nome Black Sabbath. No palco, o grupo é reforçado pelo baterista Tommy Clufetos (Bill Ward, que fundou o Sabbath com os colegas em Birmingham, não quis voltar, após desentendimentos com Ozzy) e pelo tecladista Adam Wakeman (sim, filho de Rick Wakeman, como se não houvesse lendas vivas o suficiente no palco).*
4. GLENN HUGHES
Com público totalmente rendido ao ataque impiedoso do Hard Rock pauleira, a apresentação em formato de power trio relembrou sucessos numa apresentação vibrante no melhor estilo clássico rock’n’roll. No auge dos seus 65 anos, Hughes, que já tocou no Deep Purple e Black Sabbath, entregou o que o público queria: um show elétrico e vibrante. Hughes abusou das facetas vocais, além de estar o tempo todo muito performático, com suas caras e bocas.
5. Iron Maiden
Uma das bandas mais influentes da história do Metal Mundial, a Donzela de Ferro trouxe para o Rio um show incrível. Com a conhecida estrutura de palco monstra dessa vez remetendo aos cultos da mitologia Maia, Bruce Dickinson proclama a entrada de If Eternity Should Fall, que abre o show e leva um HSBC Arena lotado até a tampa a pular sincronizado, Speed Of Light e Children Of The Damned. Um show que foi sucesso de crítica e de público, daqueles que faz com que duas horas de apresentação pareçam trinta minutos devido aos numerosos pontos de atenção que o espetáculo sempre nos reserva. Tudo isso regado ao som gigantesco que os britânicos explodem dos PAs.
6. Rolling Stones
O show do Rolling Stones é uma experiência obrigatória se você acredita ser um entusiasta do rock. Seja a primeira ou a quarta vez, não importa. É fazer parte de um pedaço da história desse gênero musical contestador, irreverente e libertador, com uma das bandas fundamentais em sua definição. Cada pessoa no Maracanã já tinha certeza de que seria um espetáculo. Mesmo assim, é inevitável não se impressionar com uma banda cujos integrantes do alto de seus 70 e poucos anos esbanjam vigor, além da sagacidade e sensualidade que emanam de suas músicas. Tudo flui, ao contrário dessas apresentações frias e calculadas milimetricamente que infelizmente já estamos nos acostumando a assistir. Os Stones deram aula de Aula de Rock no Rio.
7. Garbage
Uma espera de vinte anos chegou ao fim na noite de domingo, 11 de dezembro de 2016: pela primeira vez a banda Garbage subiu num palco do Rio de Janeiro, no caso o mítico Circo Voador. Com ingressos esgotados, o show foi arrebatador, catártico, emocionante e inesquecível. (P.S. Universo do Rock)
8. Simple Plan
Com o verão na porta, era mais uma noite muito quente no Rio de Janeiro. E para ajudar em toda essa ebulição, o Simple Plan volta ao Brasil para fazer um show com um Circo Voador de ingressos esgotados. A sensação de casa cheia era mais latente, pois todos os presentes queriam estar perto dos músicos, e estavam bem concentrados no local embaixo da lona, deixando o clima meio sufocante e angustiante, mas nada que tirasse o sorriso e a felicidade de todos os presentes.
9. Wilco
O público carioca fez uma imersão na trajetória de duas décadas de composições inspiradas, que transitam do folk ao rock alternativo, até as influências de country rock à adição de elementos experimentais, desvendando muitas bandas em uma, integridade e sensibilidade intactas. O reencontro após 11 anos, desde a primeira e única passagem pelo Rio até então, teve início ao som de “Random name generator”, em uma bela recepção.
10. Alabama Shakes
A boa impressão deixada pelos americanos do Alabama Shakes no Circo Voador em 2013, quando ainda tinham só um álbum, mas muita garra para deixar sua marca no cenário, rendeu frutos. A volta à casa de shows carioca, numa noite de terça-feira, com ingressos esgotados, teve um quê de celebração e um tanto de confirmação – de fato, o promissor grupo fundado em 2009 não só teve gás para voltar ano passado com “Sound & color”, um disco bem mais forte do que o primeiro, como ainda foi agraciado com três prêmios Grammy por ele. No palco do Circo, dois dias depois de um consagrador show em São Paulo no Lollapalooza, o Alabama entrou com jogo praticamente ganho, foi só não tropeçar na bola. (S.E., O Globo)
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