A terceira noite do Rock in Rio teve chuva, emoção e muita dança em uma sequência de shows de ritmo intenso no Palco Mundo. Após James esquentar o público ainda no final da tarde, entraram em cena os veteranos do Xutos e Pontapés, com um show emocionante.
Aclamados pelo público do início ao fim da apresentação, a banda portuguesa tem quase 40 anos de carreira e foi a única que participou de todas as edições do Rock in Rio lisboeta. O repertório do show incluiu diversos hits (“A Minha Casinha”, “O Homem do Leme”, “Contentores”, “À Minha Maneira”) e sua a música mais recente: “Fim do Mundo”, lançada nesse ano. Em “Pra Ti Maria”, foi feita uma emocionante homenagem a Zé Pedro, com a banda executando em conjunto com sua imagem no telão tocando guitarra, como se ele tivesse retornado para mais um show.
No final da última música, a conhecida “A Minha Casinha”, o palco teve uma invasão dos convidados, que eram formados por amigos, familiares (com destaque para a viúva de Zé Pedro), nomes do esporte e da cultura nacional, além de políticos, inclusive o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que acompanhou todo o show numa área do palco. Ele aparecia frequentemente no telão reagindo às canções e cantando.
Em seguida, subiu ao palco The Killers, o que foi bem curioso. Afinal, a banda foi anunciada durante toda a divulgação do festival como a cabeça de cartaz dessa sexta, mas o encerramento da noite ficou por conta da dupla The Chemical Brothers. Essa escalação confundiu, inclusive, alguns fãs que só perceberam o equívoco dos horários quando o show começou e tiveram que correr para não perder a apresentação.
Depois de 5 anos sem vir a Portugal, a banda americana fez um show intenso, que já começou com uma sequência que incluía “The Man” (de seu último disco), “Somebody Told Me” e “Spaceman”. Mesmo tendo lançado mão de um de seus maiores hits logo no começo, o show só cresceu tanto no que diz respeito à empolgação do público, quanto à performance dos músicos. Com chuva de papel picado, cascata de fogo e um talentoso trio de backing vocals, a banda teve o maior público da noite do festival, que cantou junto e pulou em diversos momentos, como durante as canções “Smile like you mean it”, “When You Were Young”, “Human” e, claro, “Mr Brightside”.
Para encerrar a noite, a dupla The Chemical Brothers fez um espetáculo audiovisual em sua estreia no Palco Mundo. Apesar de ter ocorrido um esvaziamento após o show do The Killers, os britânicos animaram a plateia que restou com um show contínuo, onde as músicas eram apresentadas sincronizadas com diferentes – e interessantes – narrativas projetadas no telão.
Com um repertório formado por canções de seu último álbum e grandes hits de seus 20 anos de carreira (como “Hey Boy Hey Girl”, “Galvanize” e “Star Guitar”), a dupla transformou o Palco Mundo numa Tenda Eletrônica e fez o público dançar e se divertir com projeções psicodélicas por mais de uma hora.
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