A primeira vez que assisti a Pitty foi em festival, e confirmei o que já havia ouvido falar a respeito: um show visceral em que ela domina o público. Mas ainda tinha curiosidade de assistir a um show só dela, e conferi o que rolou no Circo Voador como parte da turnê do álbum “SETEVIDAS” (2014). Showzaço.
Não é exagero dizer que há uma relação quase mística dela com a lona, que de tão especial já rendeu até o registro “Trupe Delirante no Circo Voador” (2011). Não poderia ser diferente dessa vez, a começar pelos ingressos esgotados. A primeira vez que assisti a Pitty foi em festival, e confirmei o que já havia ouvido falar a respeito: um show visceral em que ela domina o público. Mas ainda tinha curiosidade de assistir a um show só dela, e conferi o que rolou no Circo Voador como parte da turnê do álbum “SETEVIDAS” (2014). Showzaço.
Não é exagero dizer que há uma relação quase mística dela com a lona, que de tão especial já rendeu até o registro “Trupe Delirante no Circo Voador” (2011). Não poderia ser diferente dessa vez, a começar pelos ingressos esgotados. Ao apagar das luzes, enquanto a banda formada por Martin Mendonça (guitarra), Duda Machado (bateria), Gui Almeida (baixo) e Paulo Kishimoto (teclado e percussão) se posicionava no palco, surgia no telão uma Pitty cibernética, explicando o conceito em torno do número 7, que deu origem ao disco.
Dos sete dias da semana que regem nossa rotina ao “pintar o sete”, até os “setes” que seriam a razão daquele show: as sete notas musicais e as sete vidas de quem passou por muita coisa e especialmente, deu a volta por cima. Essa é a deixa para a roqueira abrir os trabalhos com “Setevidas”, levando o Circo Voador abaixo, e assim seria pelas próximas quase duas horas de show.
O setlist distribuiu bem os hits que não podem faltar e as músicas novas, sendo que até essas eram cantadas em uníssono. Ponto para o rock! “Anacrônico”, “Admirável Chip Novo”, “Teto de Vidro” e “Memórias” rolaram logo no início, para delírio dos presentes. Ao agradecer o carinho, lembrando o quanto é especial tocar no Circo, aproveitou para anunciar o lançamento do DVD “Pela Fresta”, material que reúne os bastidores da gravação de “Setevidas”.
Depois da sonzeira, Pitty empunhou a guitarra e acompanhada do público tocou “Só Agora”, um momento bonito do show que fez muito fã chorar e arrepiou a cantora, como ela mesma admitiu.
Ao dominar corações e mentes com suas músicas (e danças), Pitty aproveitou para passar uma mensagem, ao dedicar “Pequena Morte” a todas as mulheres, fazendo referência ao Dia Internacional da Mulher.
Ela lembrou que a data deve ser celebrada como um dia de luta pela igualdade e não com o sentido de dar presentes. Não é à toa que é indiscutível sua relevância enquanto mulher no cenário rock brasileiro.
Já chegando ao final da apresentação, ela ainda tinha riffs na manga para fechar com glória, e o fez com as obrigatórias “Na sua estante” e “Máscara”, e a enigmática “Serpente”, aproveitando mais uma vez o coro empolgado dos fãs, que certamente saíram desse show com a alma mais leve. Pitty estará no Lollapalooza, e toca no dia 29 de março.
PITTY
Turnê Setevidas
Circo Voador, Lapa, Rio de Janeiro
07 de março de 2015
SETLIST
1. Setevidas / 2. Anacrônico / 3. Admirável Chip Novo / 4. A Massa / 5. Deixa Ela Entrar / 6. Teto De Vidro / 7. Memórias / 8. Um Leão / 9. Só Agora / 10. Olho Calmo / 11. Pulsos / 12. Déjà Vu / 13. Pouco / 14. Me Adora / 15. Boca Aberta / 16. Pequena Morte / 17. Equalize / 18. A Saideira / 19. Na sua estante / 20. Máscara / 21. Serpente
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