Aqui na Zimel a gente não respeita muito essa coisa de gêneros diferentes. Então, segue uma lista do que o nosso querido repórter Luiz Mallet ouviu de melhor no ano de 2018. Vai que você ainda descobre algo legal pra botar no seu som antes do ano acabar? Dá uma sacada!
10. Drake – Scorpion
Com um álbum duplo, o rapper americano nos brindou com uma gama de sonoridades que desafiaram nossos ouvidos. Saindo completamente da sua zona de conforto, o rapper passeia entre o beat característico das suas músicas como na pesada “Nonstop”, mas também mostra facetas diferenciadas como em “Emotionless”, com participação de Mariah Carey, uma das muitas do álbum, incluindo o rei do pop Michael Jackson.
9. Sylvaine – Atoms Aligned, Coming Undone
Trazendo a formula vencedora do Post-Black Metal na sua essência, a one-band woman Sylvaine, advinda da Noruega, lança seu terceiro álbum em sua melhor forma. Essencialmente é um álbum solo, com a moça performando todos os instrumentos. Porém, ela tem a charmosa participação especial de Neige, do Alcest, na bateria do registro. Atenção para a ótima “Mørklagt”.
8. Korpiklaani – Kulkija
Indo numa direção totalmente diferente dos álbuns anteriores, os finlandeses do Korpiklaani encaram o Folk Metal numa roupagem menos “feliz” nesse novo registro. Com os violinos soando de forma orgânica como nunca antes visto e músicas longas e densas, o Korpiklaani dentro do estilo que criou e mostra que ainda tem muita lenha pra queimar. Destaques para as ótimas “Harmaja” e “Henkselipoika”.
7. Hopesfall – Airbiter
O álbum foi lançado em julho, mas eu descobri ele essa semana. O retorno do Hopesfall não poderia ser melhor. Com um álbum conciso e maduro, o grupo de post-hc americano retorna do hiato com o melhor álbum da sua carreira. O vocal de Jay Forrest está mais potente do que nunca e músicas como “Faint Object Camera” e “C.S. Lucky-One” ilustram bem essa evolução positiva do grupo.
6. Conan – Existencial Void Guardian
Peso. Essa é a melhor palavra para descrever a rifferama incessante do power trio de Liverpool. Com uma afinação baixa e riffs cavernosos que pintam de forma abissal o grande vazio da alma, o Conan pode se vangloriar de lançar um álbum dentro de um estilo que, mesmo mostrando sinais de saturação, tem característica e até vontade própria. Dê uma sacada em músicas como “Volt Thrower” e “Vexxagon”.
5. Bosse-de-Nage – Further Still
Combinando o melhor do black metal com o hardcore, os americanos do Bosse-de-Nage lançam um álbum impactante e agressivo, numa linha totalmente diferente ao que é esperado de bandas do estilo. Bebendo de várias fontes e adquirindo características próprias, o trabalho mais visceral do grupo até hoje conta com músicas surpreendentes como “Down Here” e a intensa “A Faraway Place”, que encerra o registro de forma magistral.
4. God is an Astronaut – Epitaph
Cada trabalho lançado do GIAA é uma surpresa. Ora investem mais em ambientações, ora em pautas orgânicas e experimentações viscerais. Esse álbum parece misturar um pouco de cada, alternando momentos de atmosferas ímpares com agressividade e vigor, tudo isso embalado por uma mixagem e masterização fora do usual, que embala o som em um pacote criativo e diferenciado. Músicas como a abertura “Epitaph” e a ótima “Medea” são ótimas representantes deste lançamento.
3. TesseracT – Sonder
Todos os trabalhos dos ingleses do TesseracT são passíveis de entrar em minhas listas, simplesmente porque eu acho o som dos caras de ótimo gosto e muito bem executado. O retorno de Daniel Tompkins aos vocais da banda fez muito bem ao som dos caras, e músicas como “King” e “Juno” são exemplos disso. Em meia hora, o TesseracT mostra uma sonoridade que muitos outros artistas, como minutagem de álbum muito maiores, não foram capazes de mostrar.
2. Portrayal of Guilt – Let Pain Be Your Guide
Em seu primeiro lançamento, os americanos do Portrayal of Guilt arrebataram o cenário da música pesada ao lançar um álbum coeso, direto e sincero. Misturando Crust Hardcore, Black Metal, Emo e muita atmosfera, os texanos se colocaram como uma grata surpresa no cenário internacional e os próximos lançamentos já são fortemente aguardados. Músicas como “Daymare” e “Your War” dão dimensão da potência do som desses caras.
1. Baco Exu do Blues – Blvesman
O único representante nacional dessa lista é também o mais bem colocado. Após o ótimo “Esú”, do ano passado, Diogo Moncorvo aka Baco Exu do Blues não descansa e lança o ótimo “Blvesman”, esse ano. Falando sobre temas como saúde mental e resistência à opressão, Baco destila milhares de referências em cima de bases maduras e criativas. Músicas como “Me Desculpa Jay Z” e “Kanye West da Bahia” são apenas algumas das pérolas contidas nesse álbum.
E aí, gostou? Não gostou? Tem sugestões? Deixem aí nos comentários e até a lista do ano que vem! Bom final de 2018 à todos <3
[…] pela América do Norte, Brasil e Europa, dividindo os palcos com bandas idolatradas como Amenra, God is an Astronaut, MONO, Alcest, Year of no Light, Stephen O’Malley, Mouse on the Keys, The Ocean e muitas […]
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