Quando pensamos na colaboração da Suécia para a música mundial, exemplos consagrados não faltam. O pequeno país da península escandinava já nos apresentou nomes do rock e do pop como Opeth, ABBA, Amon Amarth e Ace of Base. Portanto, para mostrar que a produção cultural local segue firme, trazemos dois exemplos que estão mantendo a criatividade sueca viva!
Saiba mais sobre o retorno das lendas do garage-rock Bates! e o cantor-compositor pop em ascensão Buster Moe no #RadarZimel de hoje.

Bates!

Bates! é uma banda de garage rock formada em 1986. A banda passou por vários integrantes até chegar à formação que explodiu pela Europa nos anos 90. O guitarrista, Das Klabbe, afirma que criou a banda em parte para fazer amigos. No entanto, Klabbe tinha um sonho de montar uma versão sueca da banda Sisters of Mercy. Com os integrantes certos, a Bates Motel – seu nome original – lançou alguns EPs e álbuns em diferentes gravadoras, devido à situação do mercado da época. Então, em 1996, publicaram Why Not Yeah Yeah Yeah, um álbum com dez faixas originais que inclui alguns de seus maiores sucessos até agora. Ao longo da década de 90, o grupo realizou turnês pela Europa e pela Rússia.

Depois de um incerto hiato, iniciado em 2005, a banda decidiu retomar as atividades em 2017. Porém, não puderam se registrar legalmente como Bates Motel, devido à serie homônima da Universal. Assim, mesmo tendo o nome antigo há mais de trinta anos, adotaram a nova grafia de Bates!

No retorno, a banda repostou parte de sua discografia nos serviços de streaming. Mas também é possível ouvir alguns de seus hits antigos no SoundCloud. Além disso, lançaram sua primeira canção de sua nova fase em sueco, embora sua discografia tenha sido majoritariamente em inglês. (Jag kan inte) glömma (não consigo esquecer) sustenta o estilo garage rock/punk, mesmo depois de tantos anos. Lançada em 2020, a música marca também o retorno do grupo aos palcos pela primeira vez em 15 anos. A banda mantém uma postura bem humorada nas redes, brincando com a idade dos integrantes. Mas não se engane: Eles voltaram para fazer um bom som!

Buster Moe

O cantor e compositor Buster Moe ainda pode se considerar um novato, se pensarmos que ele iniciou sua carreira profissionalmente em 2016. No entanto, o rapaz está longe de passar despercebido. Na época, o jovem participou como artista convidado de um cover da faixa Insane in the Brain, no projeto Cold Chilling Collective. A versão blues do sucesso de Cypress Hill fez barulho, graças ao estilo próprio e a voz de Moe.

Desde então, Buster Moe publicou mais alguns covers e canções originais. Hoje em dia, são 40 mil ouvintes mensais no Spotify do artista, que foi assinado pela “At Night”, agência de Avicii e Axwell Ingrosso. Atualmente, ele participa da plataforma Corite, que permite uma espécie de financiamento através dos fãs – estilo Amanda Palmer – para artistas ao redor do mundo. Dessa forma Moe mantém sua liberdade criativa e os fãs que investem nele ainda recebem parte de sua arrecadação.

Recentemente, Buster Moe conheceu o produtor WOLGERS e os dois começaram a escrever juntos. Depois de um período difícil de isolamento total devido à pandemia de COVID-19, Moe lançou seu primeiro single autoral em algum tempo: Blackbird. Ele conta:

“Acho que muitas pessoas têm se sentido sozinhas nos últimos meses. Eu me isolei do mundo exterior por um mês e isso me afetou. Eu sempre gostei de estar sozinho, mas apenas por escolha. Escrevi essa canção como forma de lidar com a quarentena.”

Com a escrita pessoal e honesta que é sua marca registrada, Buster Moe entrega uma faixa cinematográfica. Com um clima meio sinistro, meio apocalíptico, a canção é na verdade esperançosa e reflete a busca pela liberdade. Os vocais arranhados do cantor confessam que nem todos os dias são fáceis… Mas, no final das contas, a música faz com que você sinta-se pronto para a batalha – seja qual for a sua.