O chapéu de cowboy denuncia o estilo. Alexander Ellis – que assume o título de Our Man in the Field – canta folk music inspirada no country. Sua voz suave se une ao instrumental acústico para contar histórias do coração. No maior estilo John Denver e Neil Young, Alexander é um narrador natural e um artista que acalenta os ouvidos. Mas seu álbum de estreia, The Company of Strangers tomou uma característica inesperada.
A gravação em estúdio dá liberdade criativa ao artista, em especial com as tecnologias de hoje. Muitas vezes, monta-se cada canção gravando um instrumento por vez e então colando tudo junto no computador. Com violões, banjo, baixo, bateria e tudo mais na banda, Our Man in the Field poderia ter optado por esse caminho padrão. No entanto, eles decidiram tomar riscos gravando o álbum ao vivo.
The Company of Strangers – ao vivo em estúdio?
A estratégia normalmente é utilizada quando há a captura de um show ou apresentação. Mas mesmo em estúdio Alexander sentiu que só poderia alcançar a honestidade e autenticidade que ele procurava sem cortes. O disco, então, foi gravado como se fosse em uma apresentação; todos os integrantes, juntos na mesma sala, tocando ao mesmo tempo.
“Nem todos concordavam que a gravação ao vivo seria a melhor forma e muitas pessoas desaconselharam, dizendo que seria muito difícil e não valeria a pena a confusão. Tenho prazer em dizer que definitivamente valeu a pena a confusão”, diz Alexander.
Tenho a sorte de ter alguns dos melhores músicos por perto. Testamos dos dois jeitos – gravar ao vivo sempre vencia.
Como resultado, The Company of Strangers tem uma atmosfera crua e íntima. As canções em estilo Americana-alternativo tratam temas humanos e universais, como amadurecimento, despedidas e paixões. Melodias e harmonias – tocadas ao vivo – envolvem a música no clima introspectivo e catártico próprios do gênero. No fim das contas, a técnica ousada permitiu que Alexander gravasse suas músicas da forma que ele sonhava.
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