A 25 edição do Super Bock Super Rock que volta à Sesimbra, mais especificamente à Aldeia do Meco, traz uma seleção eclética de super estrelas. Começa oficialmente no dia 18 de julho, mas já no dia 17, os que acamparam no espaço já tiveram um prova do que estaria por vir. No warmup ou em Português “Brasileiro”, o esquenta aconteceu no Palco Somersby com apresentações de Meera, DaChick, Moullinex, Oma Nata e Xinobi. Conheça um pouco mais sobre os artistas e confira as fotos:
MOULLINEX – É difícil falar de música eletrônica em Portugal sem referir o nome de Moullinex, o alter-ego do viseense Luís Clara Gomes. Reconhecido como umas das mentes mais inquietas e criativas do panorama musical português, bebe em diversos gêneros musicais para a sua música: soul, funk, garage rock e até MPB. Remisturas de nomes como Röyksopp e Robyn, Cut Copy ou Two Door Cinema Club são um dos fatores que explicam a fama internacional do músico português, requisitado para atuar nos palcos de todo o mundo. Moullinex divide o seu tempo entre vários projetos um deles em conjunto com Xinobi é também responsável pela Discotexas. Em nome próprio, e depois de dois discos aclamados pela crítica, “Flora” (2012) e “Elsewhere” (2015), Moullinex regressou aos discos com “Hypersex”, um registro que presta homenagem à cultura de dança. “Open House”, “Love Love Love” e “Work It Out” são alguns dos temas que marcam este último álbum de Moullinex.
XINOBI Faz parte de uma geração que cresceu com a erupção dos blogs de música, inspirados pela filosofia DIY (do it yourself/ faça você mesmo). Bruno Cardoso lançou em 2017 o seu segundo disco, “On The Quiet”, apresentado pelo single “Far Away Place”. O disco conta a história de muitos músicos que migraram do punk rock para a música house, ao mesmo tempo que chama a atenção para o fato de a música eletrônica também conseguir despertar consciências. Depois de lançar uma série de EPs com o rótulo Discotexas – “Nervous”, “Work-It-Baby” e “Ministry of Sound” –, Xinobi conquistou o público, a crítica e o seu culto underground tornou-se cada vez mais amplo. Faixas idiossincráticas como “(I Hate The Sound of) Guitars”, “Puma”, “Spend the Night”ou a excelente colaboração com The Lazarusman em “See Me” mostram todo o talento e toda a sua criatividade.
DJ VIBE É um artista que entende como muito poucos a arte de gerir a tensão de um set que se pode dilatar por muitas horas e que vive de uma precisão apurada, de uma capacidade de mistura que tem de estar sempre próxima da perfeição para funcionar. DJ Vibe escreveu o livro de regras em que muitos outros estudaram e sobre o qual se ergueram muitas carreiras. Com mais de trinta anos de carreira, permanece a marcar o presente da música portuguesa e ainda de olhos postos no futuro, como prova “Da Lapa”, um EP de três faixas carregadas de uma primorosa seleção da melhor música house.
DA CHICK É fácil simpatizar com a ideia de que ouvir Da Chick equivale a viajar no tempo, nos transportando para Nova York onde se cruzavam os diferentes impulsos das cenas disco e punk, new wave e hip hop num híbrido que abalava as pistas de dança. Mas esta viagem também se faz para a frente, para um futuro em que o poder da criatividade no feminino não é posto em causa, em que a música eletrônica dançante feita em Portugal pode dar cartas ainda mais fortes no panorama global. Depois da estreia em 2012 com o EP “Curly Mess” – carimbo Discotexas – vieram os palcos, com atuações marcadas por uma atitude de quem não pede licença a ninguém para brindar a plateia com um funk urgente, real e irresistível.
MEERA Depois de uma tour pelo Brasil, onde tudo começou, até a um sunset íntimo num terraço do Porto, MEERA nasce desse encontro entre Jonny Abbey e Cecília Costa. No regresso a Portugal conheceram o produtor Goldmatique e começaram a encontrar-se regularmente para sessões de composição e produção. E a cidade do Porto acabou por fornecer a energia certa para estas novas canções. “Little Of Your Time” é um bom exemplo dessa energia contagiante e que é capaz de agitar qualquer pista de dança.
OMA NATA Um misterioso produtor português que vive entre Hamburgo, Londres e Berlim. Nascido e criado em Portugal, e depois de cruzar as fronteiras de diferentes géneros musicais, Mário da Motta Veiga decidiu iniciar o projeto Oma Nata a fim de explorar um som mais temperamental, vibrante e exótico. As influências da sua músicavvãodesde o jazz latino-americano até à música africana, passando pela música housem maisclássica, sem nunca parecer uma manta de retalhos – torna-se, isso sim, um fluxoh de uma música que tem tanto de emotiva como de melancólica.
Por Amina Bawa
Foto: Hugo Valério
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