Leonardo Milli: O “Antropo”, além de uma atmosfera mais agressiva que o Homo grotescus, traz uma liberdade sonora maior. Estamos mais agressivos e com o som mais viajado.
O Espaço Favela, no Rock in Rio, será um espaço de grande diversidade. Abrangendo artistas de funk, hip hop, Rock e também Metal. Como está sendo toda a experiência de fazer parte não só de um palco tão plural, mas também do maior festival de música do mundo?
Turko Ouriques: Cara, como cariocas, é motivo de orgulho pra gente que o Rock in Rio tenha nascido aqui pra ser tornar o que é hoje. E a verdade é que estamos nesse fest porque nunca desistimos. Sempre vivemos para a música e esse tipo de energia quando é jogada no universo, sempre retorna. Conhecemos artistas incríveis, de vários estilos, o que por si só já torna essa experiência única. Mas no fim, o trabalho duro e os pés no chão continuam regendo nossas vidas.
Além de vocês, o Canto Cego, que também tem raízes na Maré, estará no mesmo dia (04/10), no palco Favela. Qual a relação que vocês tem com eles?
Turko Ouriques: Eu particularmente sou fã dos caras há um tempo, e quando eles foram anunciados, lá no ano passado, pensei comigo que havia poucas bandas que merecessem tanto quanto eles. Fora isso, como banda, conhecemos pessoalmente os caras, ensaiamos no mesmo estúdio lá na Maré e estamos sempre nos esbarrando nos corres do Rock in Rio ou na Tabacaria Dreadlocks, lá na Vila do Pinheiro.
A música lançada no começo do ano, de nome “Espectro”, não entrou no álbum que será lançado. Porque foi tomada essa decisão?
Leonardo Milli: Foi uma mescla de situações e sentimentos que separaram a “Espectro” do disco. A gente já conversava e concordava que a música destoava do restante do álbum. Somado ao fato que o clipe dela já estava pronto e a confirmação Rock in Rio, decidimos lançar logo ela. Não foi uma decisão fácil. Ela será a eterna faixa 5 do disco pra gente.
Vocês têm se pronunciado politicamente de forma constante. Qual é a importância disso para vocês?
Turko Ouriques: Tudo que temos a dizer pras pessoas tá na nossa música. Ela é um reflexo de tudo que vivemos e vimos, uma energia acumulada depois de uma vida nos subúrbios do Rio de Janeiro. Abordamos principalmente a decadência humana, e nada pode ser mais decadente do que o atual momento que se vive no Brasil. Nossas opiniões pessoais vão além de conceitos prontos e frases de efeito, mas nossa mensagem enquanto Agona é muito clara pra quem a procura.
[…] do palco Supernova (Fire Strike, Jimmy & Rats, Eminence, Noturnall e Armored Dawn), BK-81, Ágona e Canto Cego no palco Favela, alguns artistas no palco eletrônico, Sepultura no Palco Mundo, entre […]