Em 26 de maio desse ano, uma constelação de astros da música e do cinema dava adeus a Chris Cornell, que havia se suicidado dias antes por enforcamento. Entre eles estava Chester Bennington, vocalista do Linkin Park, de quem o líder do Soundgarden e do Audioslave era muito amigo. Na cerimônia, Chester cantou uma versão emocionada de “Hallelujah”, de Leonard Cohen.
Neste 20 de julho, data em que Chester foi encontrado morto, também por enforcamento, Chris Cornell completaria 53 anos. Chester tinha 41.
Além da amizade, os dois colaboraram musicalmente várias vezes. Para comemorar seu aniversário de 44 anos, em 21 de julho de 2008, Cornell participou do festival Projekt Revolution, organizado pelo Linkin Park, cantando o hit “Hunger strike”, do Temple of the Dog, uma das muitas bandas de Cornell, além de dividir com Chester os vocais de “Crawling”, do LP.
Quando soube da morte de Cornell, Chester publicou uma emocionante despedida em seu Twitter. “Sonhei com os Beatles ontem à noite. Acordei com ‘Rocky Raccoon’ tocando em minha cabeça e um olhar preocupante no semblante da minha esposa. Ela me disse que meu amigo havia acabado de falecer. Lembranças sobre você inundaram a minha cabeça e eu chorei. Estou ainda chorando, de tristeza e de gratidão por ter compartilhado alguns momentos especiais com você e sua linda família. Você me inspirou tantas vezes de várias maneiras que você não consegue imaginar”, disse.
“Seu talento era puro e incomparável. Sua voz foi alegria e dor, fúria e perdão, amor e coração partido, tudo em uma só. Eu acho que todos nós somos assim. Você me ajudou a entender isso. Acabei de assistir a um vídeo de você cantando ‘A day in the life’ dos Beatles e lembrei do meu sonho. Quero pensar que era você se despedindo da sua maneira. Não posso pensar em um mundo sem você nele. Rezo para que você encontre paz na próxima vida. Envio meu amor para sua esposa e filhos, amigos e família. Obrigado por me permitir ser parte da sua vida”.
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