CLOUDNiNE é um artista francês de R&B, atuando como produtor, cantor e multi-instrumentista. Como Bertrand Dossa – seu nome de batismo – faz parte de grupos de jazz desde os 15 anos de idade. Atuando como pianista nesses grupos, Bertrand já fez turnê na França, no Reino Unido e nos Estados Unidos. Mas é com CLOUDNiNE que mostra pela primeira vez um trabalho autoral e totalmente produzido por ele mesmo. Com letras pessoais, o artista explora seus relacionamentos amorosos, seus conflitos emocionais e sua própria consciência.

O disco foi lançado agora em setembro e carrega todas as influências de seu tempo no jazz. Além disso, com sabedoria, Dossa une sua prática a uma explosão de detalhes de diversos gêneros da black music. Dotado de uma atmosfera chill, bastante influenciada pelo lo-fi, o disco tem até uma outro instrumental. No entanto, a coerência não impede que haja uma experimentação em vários estilos.

“CLOUDNiNE”

Ao longo do álbum, o artista oscila entre vocais de rap e de R&B A faixa que abre o disco, I Know – também o primeiro single – tem uma sonoridade muito característica do hip hop mais pop nos anos 2000. Já na segunda faixa, The Colors, a atmosfera pula para um som bem mais influenciado pelo abafado do lo-fi. Nessa mudança, vemos como a voz do cantor é maleável e se adapta com tranquilidade tanto a tons mais agudos quanto mais graves. E o cantor tira proveito dessa habilidade nas faixas seguintes. Conforme avançamos no disco, vemos influências e elementos de trap, jazz e até mesmo disco. É quase um estudo da Black music dos anos 80 para cá, em uma bagagem bastante chill. Está às vezes na produção vocal, como em Dinner in Washington – que lembra Kanye West old school – ou em uma batida diferente, como em Blame Game.

Como resultado, o som de CLOUDNiNE é dinâmico e te insere nas diferentes atmosferas a cada canção, mas o artista também se mantém coeso e firme em suas próprias tendências.

Ouça CLOUDNiNE: