Labirinto, banda brasileira de post rock, faz o show de lançamento do álbum “Divino Afflante Spiritu”, no Sesc Belenzinho, dia 08 de fevereiro, sexta-feira, às 21h. O disco tem a chancela do selo Dissenso Records e Pelagic, responsável pela distribuição mundial do título, que estará disponível em CD, LP e nas plataformas digitais também no dia 08. Os ingressos estarão à venda a partir do dia 29 de janeiro (pela internet) e 30 de janeiro nas bilheterias das unidades do SESC.

Uma das novidades deste disco é a participação de Elaine Campos, veterana da cena punk brasileira. É dela a voz na faixa “Agnus Dei” e que marca a estreia dos vocais em uma composição do Labirinto ao longo de treze anos de carreira.  O single, lançado no último dia 17, expõe a relação entre o sagrado e o profano que permeia a formação do pensamento ocidental e a nossa organização social, através de um dos principais elementos do cristianismo: o corpo de cristo.

Não à toa, “Agnus Dei”, que em latim significa “Cordeiro de Deus”, é a música que mais sintetiza o conceito do álbum e foi a escolhida para ser a faixa número um. Repleta de nuances, linhas de sintetizadores, riffs intensos e pesados de guitarra, as demais faixas trazem suas peculiaridades na composição, seja na mistura de bateria e percussão dialogando de forma frenética e bruta em “Demiurge”, nos cânticos e rezas praticadas por oradoras religiosas envolta por ambiências e ruídos fantasmagóricos da faixa “Vigília” ou na própria “Divino Afflante Spiritu”, música que dá nome ao disco, que é a mais arrastada e melancólica de todas as composições.

“Divino Afflante Spiritu”, começou a ser produzido há mais de um ano. Quem assina a produção musical é a também baterista da banda Muriel Curi, com o apoio do produtor sueco Magnus Lindberg (Cult of Luna). O material foi mixado e masterizado por Magnus no Redmount Studios em Estocolmo.

“Divino Afflante Spiritu” estará disponível nas plataformas digitais.

Mais informações em http://labirinto.mus.br/site/

Confira abaixo o faixa a faixa:

Agnus Dei –  A letra expõe a relação entre o sagrado e o profano que permeia a formação do pensamento ocidental, e a nossa organização social e cultural, através de um dos principais elementos do cristianismo: o corpo de cristo”. Através dessa relação, e da materialização do intangível, a sociedade procura justificativas para seus “defeitos” e mazelas, utilizando-a com mais uma forma de dominação e coerção.

Penitência –  Segunda música do disco; mais direta, áspera e curta que as outras faixas. As percussões e sintetizadores estão bastante presentes. A música exprime a busca e a materialização do arrependimento através da dor e da provação; uma busca que muitas vezes é condicionada pelo medo e a coerção, em vez da essência e da reconsideração.

ELEH ha-devarim – ( em hebraico “estas são as palavras” ) Música com diversas partes extremamente pesadas e tortas, contrastando com linhas melódicas e bonitas de guitarras e sintetizadores. Baterias irrequietas e oblíquas que a transformam na música mais “metal” do disco.

Demiurge- Certamente, a música mais pesada e quebrada do disco. Bateria e percussão dialogando de forma frenética e bruta, com variações abruptas de ritmo, andamento e harmonia.  Ao mesmo tempo; Demiurge flerta com o rock progressivo, o sludge metal, e composições mais tribais com ênfase nos tambores e trabalho percussivo. A música possui a afinação mais baixa de todas.   Demiurge significa o Artífice, aquele que modela e constrói as coisas a partir do caos já existente.

Vigília – Uma pequena faixa formada por cânticos e rezas praticadas por oradoras religiosas, envolta por ambiências e ruídos fantasmagóricos, e que une as músicas Demiurge e Asherdu.

Asherdu – Primeira música que fechamos para o disco. Alterna partes de doom jazz, sludge e post metal, com baterias tortuosas e rápidas algumas horas, e mais lentas e marcadas em outras. A faixa apresenta vários sustos, e mudanças rítmicas, em seu percurso. Asherdu deusa canaanita da fertilidade, amor e da guerra, que era adorada no mesmo nível que Javé. Quando os judeus se tornaram monoteístas, houve a destruição do seu templo, e a elevação de uma figura masculina (Javé) como Deus supremo e unívoco.

Divino Afflante Spiritu – A faixa título do disco, a mais arrastada e melancólica de todas as composições. Foi escolhida como primeiro single, pois sintetiza a gama de sentimentos contidos no álbum. Arranjos de guitarras e sintetizadores, ora corpulentos, ora belos e desalegres.  É a música do Labirinto que mais nos emociona quando tocamos. Ela possui letra que é declamada por algumas vozes soturnas e etéreas. Convidamos o amigo Glauco Felix (National) para participar da gravação das vozes. Divino foi composta em memória ao nosso eterno Joca.

Show de lançamento do álbum ‘Divino Afflante Spiritu’ @ Sesc Belenzinho
Sexta-feira, 8 de fevereiro, às 21h

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – São Paulo
Site: www.sescsp.org.br/belenzinho
Entrada: R$ 20,00 (inteira) | R$10,00 (meia) | R$ 6,00 (comerciário)
Venda online: a partir de 29 de janeiro

Vendas físicas: a partir do dia 30/01 em qualquer unidade