É normal que no fim do ano, a galera que curte música faça uma lista com os melhores lançamentos do ano. Como somos muitos aqui na ZIMEL, segue abaixo a lista do nosso querido repórter Luiz Mallet e o que ele ouviu de melhor no ano de 2019. Tomara que seja útil para que você relembra sons e que possa também adicionar alguns na sua biblioteca!
10 | Surra – Escorrendo pelo Ralo
O Surra foi formado em 2012 na cidade de Santos/SP, por Leeo Mesquita (vocal e guitarra), Guilherme Elias (baixo e vocal) e Victor Miranda (bateria) membros remanescentes da também santista e extinta Like A Texas Murder. O segundo álbum do grupo chega como um soco na forma do chamado “Thrashpunk” praticado pelo grupo. Com influências desde reggae, samba a pitadas de metal extremo, músicas como “Escorrendo pelo Ralo” e a incrivel “A Troco de Nada” dão o tom desse petardo nacional.
9 | Swallow the Sun – When a Shadow is Forced Into the Light
O sétimo álbum do grupo finlandês de Doom Metal foca no processo de luto e reparação do guitarrista Juha Raivio, que perdeu a sua esposa Aleah Starbridge, que cantava em bandas finlandesas. O resultado é um álbum emotivo, denso e com passagens incrivelmente melódicas e profundas, marca registrada do Swallow the Sun. Você não pode deixar de perder músicas como “Firelights“, “Stone Wings” e “Never Left“.
8 | Bring Me the Horizon – AMO
Para quem está acostumado com o lado raivoso e agressivo da banda britânica Bring Me The Horizon, esse AMO é um álbum difícil. A banda está irreconhecível e passa por mais um de seus processos camaleônicos que sempre permearam a carreira. A voz de Oli Sykes perdeu quase todos os traços de gutural e adquire um aspecto introspectivo. A participação do tecladista Jordan Fish é a mais expressiva desde sua entrada, em 2012 e cria camadas atmosféricas por intermédio de graves, samplers e efeitos muito bem colocados dentro da sonoridade rock do grupo. Para sacar essa (outra) nova faceta da banda, se ligue em sons como “nihilist blues“, “sugar honey ice & tea” e “why you gotta kick me when im down?”
7 | Black Alien – Abaixo de Zero: Hello Hell
O Mister Niterói volta com um álbum curto, ríspido e ácido. Falando sobre seu processo de limpeza e luta contra o vício das drogas, o rapper carioca mistura beats classudos (feitos pelo produtor Papatinho) e letras cruas. O resultado é um álbum rápido e mortal, com toda a pompa que Black Alien necessita. Fique de olho em músicas como “Area 51“, “Que Nem o Meu Cachorro” e “Aniversário de Sobriedade” para pegar a essência desse álbum que já nasce clássico.
6 | Cellar Darling – The Spell
Anna Murphy, Ivo Henzi e Merlin Sutter, Ex-Eluveitie, formaram o Cellar Darling e lançaram o primeiro álbum em 2017. A banda mistura algo de uma estética moderna com elementos folk, mas, apesar de bom, o debut não saia do lugar comum. A resposta veio em 2019, com “The Spell”. A estética moderna e os elementos folk continuam lá, mas as composições deram um salto diferenciado, saindo do “mais do mesmo” e passeando por influências que vão de Black Sabbath à Jethro Tull, regados a uma história conceitual que é meio piegas, mas no Metal o que não é, né? Músicas como “Death“, “Hang” e “Drown” evidenciam o potencial pleno da banda.
5 | Leprous – Pitfalls
Após o sucesso estrondoso de “Malina” (2017), o Leprous tinha a dificil tarefa de fazer um álbum tão interessante e desafiador quanto o mesmo, e foram bem sucedidos nessa jornada com “Pitfalls”. O registro carrega toda a melancolia e bom gosto do Progressivo da banda, e mistura isso com pegadas de Dance Music, New Age e Ambient que coloca o álbum numa prateleira exótica dentro do gênero. Músicas como “Below“, “Be My Throne” e “Distant Bells” ditam o ritmo dessa mistura louca e bela.
4 | Fresno – Sua Alegria Foi Cancelada
Algumas bandas conseguem transpor o hype do seu tempo e definitivamente a Fresno é uma dessas bandas. O lançamento do álbum, em Julho, foi marcado por uma onda de fãs que compraram a identidade visual do álbum e também toda a mudança estética e sonora do grupo. É claro, nada disso é feito por pura paixão e a banda fez muito bem o trabalho de casa, misturando elementos eletrônicos no seu som e escolhendo muito bem os timbres desse álbum, que soa lo-fi quando tem que ser e grandioso quando tem que ser. Não deixe de ouvir músicas como “We’ll Fight Together“, “Cada Acidente” (com a participação especial do grupo Tuyo) e “Quando eu Caí“.
3 | Downfall of Gaia – Ethic of Radical Finitude
Em seu quinto álbum de estúdio, o Downfall of Gaia chega a sua melhor forma. Misturando Black Metal, Crust e muita ambiência, os alemães soltam um álbum agressivo e instrospectivo na medida certa, que vai agradar muito quem ficou viúvo do finado Agalloch. É um álbum de seis músicas, então é até dificil indicar alguma separada, mas vale a atenção para “We Pursue The Serpent of Time“. Caso queira ouvir o álbum na íntegra, pode o fazer aqui. Uma dica: leia o nome das música na ordem e como uma frase.
2 | Voyager – Colours in the Sun
Após uma mudança brusca no seu direcionamento para algo moderno, o Voyager definitivamente mudou de patamar dentro do Metal Progressivo. Os Australianos já usaram muito dessa estética no antecessor, “Ghost Mile”, e “Colours in the Sun” é uma evolução natural do processo. Músicas como “Severomance“, “Entropy” (com participação de Einar Solberg, do Leprous que também está aqui na lista) e “Runaway” evidenciam toda a gama de camadas de timbres e efeitos que o Voyager se preocupa em usar com muito bom gosto em seu som.
1 | Alcest – Spiritual Instinct
Sempre que a banda francesa Alcest vai lançar algum novo registro, a expectativa é alta. Precursores do post-black metal, o som que Neige e Winterhalter fazem é exaustivamente caçado, mas dificilmente recriado. A mistura da visceralidade do black metal com texturas etéreas e ambientações são marca registrada do grupo, que nesse novo álbum aposta em um som mais cru e direto, sem perder as suas características e o resultado e nada menos do que fenômenal. Músicas como “Les Jardins de Minuit“, “Protection” e “Sapphire” são impressionantes e vão ficar rodando em sua cabeça por muito tempo.
E aí, gostou? Não gostou? Tem sugestões? Deixem aí nos comentários e até a lista do ano que vem! Bom 2020 à todos <3
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