No Dia Internacional da Mulher, vamos celebrar as artistas que fortalecem o universo das guitarras. Você sabia que uma das primeiras gravações de rock foi de uma mulher? Talvez não, mas Sister Rosetta Tharpe e sua “Strange things happening every day”, de 1944, ajudaram a moldar os padrões do que se entende por rock‘n’roll. Sister Rosetta é considerada por pesquisadores como madrinha do gênero, e ainda foi influência declarada de gente do quilate de Chuck Berry, Elvis Presley, Little Richards e Johnny Cash, que provavelmente você conhece e sabe que ajudaram a fazer o rock explodir no mundo.

É no mínimo curioso que uma mulher tenha contribuído com as bases dessa sonzeira e quando pensamos em outras representantes dos riffs, nos damos conta de que o rock vai além do gênero musical, é como se fosse o gênero masculino. E quando pesquisamos mais, até estilos extremos, como os subgêneros do metal, esse desenho se torna mais evidente. Mulher e rock não combinam? Quando pensamos na música hoje, não há como negar o momento incrível que vivemos, onde nomes como Pitty, Karol Conka, Karina Buhr, Beyoncé, Amanda Palmer e Miley Cyrus, para mencionar algumas, ajudaram a disseminar uma palavra que está mudando a vida de muitas meninas e mulheres: empoderamento (aqui não está em questão se o feminismo de uma é melhor que o de outra, mas sim, a atenção que essas moças estão colocando sobre o papel das mulheres).

Nem sempre as artistas tiveram todo esse espaço para falar abertamente sobre o que é ser mulher, de verdade. Até mesmo a música pop, considerada um estilo feminino por excelência, ajudou a moldar o que deveria se entender por ser mulher: basicamente, falar de amor, de meninos ou da rival que roubou o seu menino. Aff! Quando pensamos especificamente sobre rock, surpreende o fato de que um som referência de liberdade e contestação construiu todo o imaginário que temos sobre guitarras e rebeldia sobre como os homens se inseriam no mundo. Basta ouvir Led Zeppelin, AC/DC ou Rolling Stones. O lema sexo, drogas e rock’n’roll certamente é mais aplicado a uma perspectiva masculina, especialmente a das bandas. O papel da mulher nesse contexto era apenas de fã ou da groupie (este também meramente reduzido a uma conotação sexual).

Um mundo que julgava cada centímetro de liberdade experimentada, realmente não podia ser convidativo às mulheres. Ainda bem e, apesar dos códigos morais que durante muito tempo insistiam que rock não era coisa de “menina direita”, muitas empunharam guitarras e baixos, tomaram suas baquetas e soltaram suas vozes para enriquecer e dar outro olhar a esse som. Celebre o Dia Internacional da Mulher com essas moças!

Pitty

Janis Joplin

Paramore

Florence and The Machine

Alabama Shakes

Siouxsie and The Banshees

Stevie Nicks

Rita Lee

Hole

Warpaint

Garbage

Cássia Eller

Nightwish

Within Temptation

The Breeders