Na noite de sábado, 15 de julho, a Marina da Glória recebeu quatro gigantes para o evento Rock Brasil 35 anos. As bandas escaladas foram a Blitz, Frejat, Humberto Gessinger e Plebe Rude.Na noite de sábado, 15 de julho, a Marina da Glória recebeu quatro gigantes para o evento Rock Brasil 35 anos. As bandas escaladas foram a Blitz, Frejat, Humberto Gessinger e Plebe Rude.

O público que chegou cedo pôde curtir a vibe do local e a bela vista para o Corcovado e o Pão de Açúcar. Além disso, foi recebido ao som dos clássicos dos anos 80 enquanto aguardada a primeira apresentação.
Quando a Blitz foi anunciada, pontualmente às 22h, o local já estava tomado por fãs do estilo musical que se reuniram para relembrar os hits daquela década. Evandro Mesquita já chegou colocando a galera para dançar com ‘Weekend’, e além da boa banda que o acompanha, com direito a duas backing vocals, coisa rara hoje em dia, a Blitz convidou ao palco o Afroreggae.

Além das clássicas sempre presentes no setlist, como ‘Mais Uma de Amor (Geme Geme)’, ‘Betty Frígida’ e ‘Você não Soube Me Amar’, o grupo homenageou Raul Seixas, ao som de ‘Aluga-se’, os Titãs, com ‘Sonífera Ilha’ e Os Paralamas do Sucesso com ‘Óculos’.

Ainda rolou a participação de Frejat, Evandro elogiando a época dos discos de vinil e jogando um para o público e músicas do último disco, intitulado ‘Aventuras II’, que traz muitas participações especiais como Seu Jorge em ‘Martelinho de Ouro’. Com muito carisma, a Blitz fez um show para não deixar ninguém parado.

Na sequência, foi a vez de Roberto Frejat, que já chegou explodindo na guitarra em ‘Maior Abandonado’, composição do mestre Cazuza. Aliás, o show do Frejat é sempre uma mistura entre a contemplação ao ´Barão Vermelho’ e o trabalho solo do músico, que foi bem representado com hits que prenderam a atenção do público, como ‘Túnel do Tempo’, ‘Segredos’ e ‘Amor Para Recomeçar’.

Frejat também homenageou os Mutantes em ‘A Minha Menina’, Caetano Veloso com ‘Você não entende nada’, Tim Maia em ‘Não Quero Dinheiro’, Cássia Eller ao som de ‘Malandragem’ e Raul Seixas com ‘Como Vovó Já Dizia’. Rolou muito Barão Vermelho também, com as faixas ‘Por Você’, ‘Exagerado’, ‘Bete Balanço’ e ‘Pro Dia Nascer Feliz’.

Já se passava das duas da manhã quando Humberto Gessinger subiu ao palco. O início do show foi ao som de ‘A revolta dos Dândis’, clássica dos Engenheiros do Hawaii. Além desta canção, Humberto animou o público com ‘Até o Fim’, ‘Infinita Highway, ‘Olhos Abertos’, em parceria com o Capital Inicial, ‘Vozes’, ‘Eu que não amo você’ e ‘Era Um Garoto Que Como Eu, Amava Os Beatles E Os Rolling Stones’.

E depois de tanta música boa, quem pensou que o público estava cansado, se enganou. Mentira, não se enganou não, o pessoal realmente estava cansado, mas ninguém arredou o pé até o fim.

O que se via era uma plateia animada, sedenta por rock, como se a cada show iniciado fosse apenas o primeiro da noite.

A questão é: o Rio de Janeiro é uma cidade carente de shows de rock, mas será que o motivo é realmente o fato de os cariocas priorizarem outros estilos musicais? Pelo o que foi visto na noite de ontem, não necessariamente. Os produtores musicais deveriam abrir os olhos, pois os cariocas podem ser muito mais do que apenas Samba e Funk.