Um show com clássicos do repertório de Ney Matogrosso, com a presença do homenageado e de atrações como Chico Buarque, Ivete Sangalo, Lenine e BaianaSystem. Não é novidade que o Prêmio da Música Brasileira reúna um elenco estelar em apresentações musicais muitas vezes históricas – mas este ano é a primeira vez em que a cerimônia, antes restrita a convidados, é aberta ao público pagante (ingressorapido.com.br). Uma solução que, apesar de ter sido causada pelo indesejado fim do patrocínio, parece ter resultado em positiva para os fãs e para o evento – é o que acredita José Maurício Machline, diretor geral da festa e idealizador do prêmio que será realizado no Teatro Municipal, no dia 19 de julho.

– Agregar convidados e público pagante vai ser muito bom. Aquece a torcida, a receptividade da plateia. O Ney tem fãs ardorosos, esse calor vai ser transferido para nossos convidados. Talvez tenhamos descoberto sem querer a receita de um molho que pode ser ótimo – diz Machline.

Ney Matogrosso, a quem o prêmio deste ano é dedicado, cantará cinco músicas ao longo da noite – entre elas, “Rosa de Hiroshima” e “Pro dia nascer feliz”. Chico Buarque interpretará sua “As vitrines”, enquanto Ivete Sangalo mostrará sua leitura de “Sangue latino”, que Ney lançou ainda na época do Secos & Molhados. Lenine fará “Bicho de sete cabeças II”, numa noite que tem ainda Pedro Luís (“O mundo”) Alice Caymmi e Laila Garin (dueto em “Bomba H”), o grupo BaianaSystem (“Inclassificáveis”) e Karol Conka (“Homem com H”). A festa será apresentada por Zélia Duncan (que também assina o texto da premiação) e Maitê Proença.

As canções e os intérpretes foram escolhidos por Machline, que queria artistas que dessem interpretações diferentes das de Ney, tão únicas e marcadas.

– Montei um panorama da carreira dele, mostrando as fases importantes, mas sem me prender só aos sucessos – explica Machline. – Ney grava de Villa-Lobos a “Homem com H”, sem se prender a nenhum tipo de ritmo nem de estilo, é muito plural. Busquei pessoas que pudessem dar esse recado de maneira diferente, mas com qualidade e força interpretativa, como Ney.

A primeira artista escolhida por Machline foi Karol Conka.

– “Homem com H” tem muito a ver com o discurso dela – avalia Machline. – BaianaSystem é a sonoridade que mais me interessa no momento, eles carregam a força inovadora de Ney. Chico é óbvio, Ney gravou mais de 20 músicas dele, já iluminou shows seus. Pedro Luís, que gravou um disco com Ney, é outro nome óbvio. Ivete foi uma sugestão do próprio Ney. Já “Bicho de sete cabeças II” tem tudo a ver com o universo das histórias contadas e dos ritmos usados por Lenine. E Alice Caymmi tem aquela loucura interpretativa de Ney. Ela e Laila Garin são as pessoas ideais para mostrar a importância de Itamar Assumpção em sua carreira.

Prêmio da Música Brasileira 2017
Onde: Teatro Municipal – Praça Floriano, s/nº, Centro(2332-9191).
Quando: Dia 19 de julho, às 21h.
Quanto: R$ 100 e 150.
Classificação: Livre.