A cantora italiana Dolche não sabia o que estava por vir no mundo quando gravou o vídeo para sua música Big Man em Nova Iorque, em novembro do ano passado, para seu novo disco Exotic Diorama. Enquanto temos brigado para que uma doença ainda pouco conhecida não se espalhe, a artista abordava outra forma de “contágio”.

Nascida em um pequeno vilarejo nos Alpes, Dolche tem um estilo muito próprio. Ao longo dos últimos dois anos, tem viajado pelo mundo e trabalhado com diversos produtores e músicos de tudo que é lugar. No entanto, sem esquecer suas origens: A cantora homenageia sua região natal trajando um par de chifres de vaca. O motivo? Os habitantes de seu vilarejo costumavam adornar os bichinhos com flores e celebrá-los no verão!

Com esse look peculiar e uma roupa de fada, esse ser mitológico percorre as ruas da Grande Maçã narrando a mitológica história de um Grande Homem. Enquanto isso, os transeuntes presenciam um evento misterioso tomar conta da cidade. Uma forma de dança contagia as pessoas, e, conforme elas sincronizam a coreografia, passam a adquirir traços uns dos outros. O efeito que se espalha não visa homogeneização, mas uma celebração de cada diferente traço individual. E essa é a bela história do Grande Homem: a celebração das diferenças, em lugar do medo e do preconceito.

Com o uso de uma tecnologia própria que remete à inovação de Black or White de Michael Jackson, e um som distinto e belo com cordas e instrumentos tradicionais japoneses na percussão, o trabalho impactante de Dolche tem seu maior foco na mensagem, que busca igualdade, respeito e amor ao próximo!

Exotic Diorama, o álbum, será lançado em outubro de 2020.