Rogério Skylab abriu a noite e mostrou logo para o que veio. Com a platéia animada fazendo mosh em vários momentos do show, Skylab cantou várias músicas do seu novo álbum “O Rei do Cu”, que possui temática um tanto escatológica: “Dedo no Cu e Gritaria”, “Eu Durmo Pouco pra Ficar com Sono”, “O Eco da Queda”, “Antes que o Dia Amanheça”.

Rogério Skylab © Ellen Pederçane

Rogério Skylab e Tom Zé, não chegaram a dividir o mesmo palco. Logo depois de um intervalo, DJ Lencinho anunciou o show de Tom Zé com um texto escrito pelo cantor, um manifesto à hospitalidade que a cidade do Rio de Janeiro tem e que o Circo Voador é um legítimo representante desse espírito.

“Se o Circo quer manter e criar e chamar pra si a responsabilidade de ser o símbolo da hospitalidade do Rio de Janeiro, tem que avisar a todo cantor que vem aqui que faça alguma coisa por isso, nessa direção.” É com essa fala que o mestre e sua banda inicia seu espetáculo, em seguida, encadeando com uma música que ele fez e terminou ali mesmo nos bastidores do show, cantando sobre o clima de esperança e amor que envolve a cidade.

A atmosfera do show foi recheada pela sua irreverência característica e dessa vez, com vários discursos no meio no caminho. Entre uma música e outra, Tom Zé conversou com o público sobre sua vida amorosa, política e machismo presente no Brasil.

Encerrando o show, Tom Zé e sua banda formada por Jarbas Mariz, Daniel Maia, Cristina Carneiro, Felipe Alves e Rogério Bastos tocaram o clássico “Xique Xique”, refletindo o clima de animação que permeou o show inteiro. Tom Zé, como sempre, deixa aquele gostinho de quero mais.

Tom Zé, Circo Voador
23 de junho de 2018, Rio de Janeiro

Texto de Mariana Mesquita.