Nesta última sexta (02/09), a casa Vivo Rio foi palco de uma festa intimista e poética que harmonizou a tríade: violão melancólico, voz doce e revisão da discografia da compositora paulista Mallu. Com oito anos de carreira e três álbuns, Maria Luiza de Arruda Botelho Pereira de Magalhães é um nome de destaque no cenário da música pop brasileira.

A sós com seu violão peculiar, a cantora iniciou a festa com o recém-lançado samba Casa pronta, que foi composto para sua filha Luisa e pertence ao novo álbum solo que será lançado em 2017. Depois do início descontraído em tom de bossa-nova, a festa prosseguiu com as músicas Ô, Ana e Sambinha bom, ambas fazem parte do álbum Pitanga de 2011. Velha e louca também arrebatou os fãs: “catarse” define bem o momento. Mallu e o público mostraram que estavam ótimos e patentearam a sintonia com a música Me sinto ótima (2014), momento em que os fãs fizeram um coro espontâneo.

A produção apresentou simplicidade no figurino, pois a paulista estava com um vestido pretinho básico, e sofisticação no backdrop, que apresentou imagens lindas da cidade de São Paulo no decorrer do show.

Para matar a saudade, teve Tchubaruba (2008), uma de suas primeiras canções que viralizou na internet quando a cantora tinha apenas quinze anos. Aliás, Saudade é o nome desta pequena turnê. Atualmente, a cantora reside em Portugal e, além de sentir saudades da família e dos amigos, Mallu já admitiu sentir saudades de se apresentar em solos brasileiros.

Então, Chega de saudade, porque Mallu estava em Terra Tupiniquim e cantou Tom Jobim a capella, sim! O sambaMotivo de Almir Guineto também fez parte da festa com a voz suave da cantora. Parece que neste show delicado da turnê Saudade, Mallu Magalhães demonstrou para onde seu talento está se direcionando: bossa-nova e samba.

Com a mesma suavidade e simpatia do início do show, Mallu encerra a festa com Muitos chocolates (2014), grande sucesso da Banda do Mar. Parabéns, Mallu.

Este foi o roteiro seguido na casa Vivo Rio.

Mallu Magalhães
Vivo Rio, 02 de setembro de 2016
Rio de Janeiro

1. Casa pronta (Mallu Magalhães, 2016)
2. Ô, Ana (Mallu Magalhães, 2011)
3. Sambinha bom (Mallu Magalhães, 2011)
4. Me sinto ótima (Mallu Magalhães, 2014)
5. Tchubaruba (Mallu Magalhães, 2008)
6. Lost appetite (Mallu Magalhães, 2013)
7. Soul mate (This morning) (Mallu Magalhães, 2009)
8. Olha só, moreno (Mallu Magalhães, 2011)
9. Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958)
10. Janta (Marcelo Camelo, 2008)
11. Motivo (Almir Guineto e J. Laureano, 1991)
12. Nanã (Moacir Santos e Mário Telles, 1964)
13. Cena (Mallu Magalhães, 2011)
14. Youhuhu (Mallu Magalhães, 2011)
15. Seja como for (Mallu Magalhães, 2014)
16. Mais ninguém (Mallu Magalhães, 2014)
17. Velha e louca (Mallu Magalhães, 2011)
Bis:
18. Shine yellow (Mallu Magalhães, 2009)
19. Muitos chocolates (Mallu Magalhães, 2014)


Fotos: Grazi Gama